Em Itaquera, onde venceu todos os 11 jogos que disputou nesta temporada, o Corinthians goleou o Red Bull Brasil por 4 a 0, resultado que não chega a ser surpreendente.
Mas o que realmente chamou a atenção foi a forma de que as duas equipes jogaram. O Red Bull começou o jogo ligado, buscando anular as opções de passes do alvinegro e pressionando a saída de bola do adversário. Travava um interessante duelo de combate, o deixava o jogo bastante estudado e equilibrado. Tinha tudo para dar muito trabalho ao Corinthians.
O time da casa, por outro lado, era tranquilo; tinha uma invejada paciência para trocar passes; marcava forte e concluía bem as suas jogadas. Agora vem a grande diferença.
Depois que o time de Tite abriu o placar com o primor de Giovanni Augusto, o Red Bull não reagiu. Tinha dificuldades para concluir suas jogadas, levava pouco perigo à meta de Cássio e apresentava vários erros de posicionamento. Não foi por acaso que, depois de uma bela jogada, o Corinthians chegou ao segundo gol.
Na etapa complementar, esperava-se um Red Bull mais aguerrido, arriscador, intenso… Afinal, é mata-mata.
Nada disso. Continuou o mesmo. E pior: não consigo descrever o que aconteceu com a defesa de Campinas aos 11′, quando Allan Mineiro ampliou a vantagem para 3 a 0, após falha bizarra da zaga.
Ali já deu para ver que o Red Bull desistiu e que o Corinthians queria mais. Com muita frieza, continuava com seu tranquilo ritmo e ótimas trocas rápidas de passes.
Fez o quarto gol, e o placar podia ter terminado em 5 a 0, mas Romero perdeu um gol na casa.
A diferença entre as duas propostas de jogo ficou bastante evidente. E agora, caso o São Paulo passe hoje e o Palmeiras amanhã, o Paulista terá um novo grau, e esses quadros de análises entre grandes e pequenos não será mais necessária.