No ano passado, o Santos foi o principal do Corinthians. Dos 67 jogos que o alvinegro do Parque São Jorge disputou em 2015, sofreu apenas dez derrotas. Destas, três foram para o time da baixada, sendo que duas resultaram na eliminação da equipe de Tite na Copa do Brasil.
Neste ano, o Santos mantém seu título de principal algoz do time comandado por Tite. A equipe da Vila Belmiro acabou com uma invencibilidade que o Corinthians mantinha desde o início da temporada (dez jogos). Sem contar a sequência invicta que o alvinegro perdeu de outras edições do Paulista — não sofria uma derrota pelo estadual desde o dia 9 de março de 2014, quando perdeu para o São Paulo por 3 a 2; desde então, ficou invicto durante 26 partidas.
Ontem, o Corinthians comemorava o seu jogo 2.500 na história do Campeonato Paulista. Para fazer a festa, precisava superar um dos adversários mais desafiadores que esta temporada lhe proporcionou. Talvez o mais desafiador, por se tratar de um dos mandantes cujo retrospecto em casa é muito respeitado no país.
O Santos não perde em seu estádio há cinco anos no Campeonato Paulista. No geral, a última derrota na Vila Belmiro aconteceu há oito meses, contra o Grêmio, pelo Brasileiro. De lá para cá, são 21 jogos, com 19 vitórias e apenas dois empates.
Para acabar com a marca santista, o Corinthians precisava de uma excelente atuação, mas esteve muito longe disso. Mesmo com o time misto — que, por sinal, é forte — apresentou um futebol pragmático, sem brilho e com pouca criação, especialmente na etapa inicial.
O Santos, por sua vez, fez uma de suas melhores partidas em 2016, apresentando muitas particularidades da equipe que foi finalista da Copa do Brasil do ano passado: um time veloz, que abusa de trocas rápidas de passes e que conta com um meia de armação em dia inspirado e com um centroavante retomando a excelente fase que viveu na temporada passada. São características peculiares do time santista que, neste paulista, ainda não tínhamos visto de forma tão expressiva.
Para o Santos, resta agora manter uma regularidade de atuações como esta. Para o Corinthians, sabemos que o famoso processo criativo no qual Tite tanto busca a perfeição é demorado, mas muitos ajustes precisam ser feitos, pois o duelo frente ao Cerro Porteño-PAR, pela Libertadores, na próxima quarta-feira, em Assunção, promete ser ainda mais difícil.