Mais uma apresentação ruim do Palmeiras na temporada e mais uma derrota frente ao Nacional-URU, que deixa o alviverde em situação delicada na Libertadores.
No primeiro tempo, o alviverde repetia o mesmo defeito que o persegue desde o ano passado: o isolamento. Quando o Palmeiras faz um gol após uma simples jogada de triangulação, tal fato acaba ganhando muito destaque, justamente pelo fato de acontecer em raros momentos no ano. Hoje, em Montevidéu, os jogadores ficaram mais uma vez isolados uns dos outros, esperando receber a bola nos pés.
Não é à toa que o Palmeiras erra tantos passes, e não é à toa que aposta tanto em lançamentos. Não criou nenhuma jogada de perigo nos 45 minutos iniciais. Não chutou uma vez sequer à meta adversária.
Na volta do intervalo, Cuca colocou Robinho e Gabriel Jesus. Em três minutos, a dupla criou a jogada que resultou na primeira finalização a gol, mas não mudou mais nada depois. O Nacional, que já mandava no jogo, seguiu dominando. Abriu o placar, depois de uma falha bizarra da defesa alviverde — esta, que tinha como principal preocupação Nico López, deixou o atacante totalmente livre de marcação.
Aí veio a pressa, a afobação e o agigantamento dos erros. Cuca tirou as cartas da manga e deixou o Palmeiras com quatro atacantes. O time ficou exposto num 4-2-4, e nada mudou. Claramente porque o alviverde não conta com um legítimo meia de criação que saiba jogar centralizado — ou até conte, mas antes ele precisa sair da lateral-esquerda.
O Palmeiras consertou os antigos erros em eventuais partidas desta temporada, mas neste momento não aparenta ter aprendido com os acertos, pois segue com o mesmos defeitos.
Cuca vai trabalhar para ajustar esse time, para evitar tamanho erro. Mas tais problemas são necessariamente acertados pelos próprios atletas.
Contra o Rosario Central, dia 6 de abril, não poderá errar. Não existirá a possibilidade de perder ou empatar. Apenas a vitória interessa.
E mais: o Rosario, na Argentina, é bem organizado, e o considero melhor que o Nacional.