Na 26ª fase da Operação Lava Jato, que investiga esquema de desvio e lavagem de dinheiro envolvendo a Petrobras e empreiteiras, a construtora Odebrecht foi acusada de armar esquema de pagamentos de propinas em várias obras, entre elas a da Arena Corinthians.
Os rastros dos repasses ilegais apareceram em planilhas apreendidas na casa do vice-presidente do Corinthians, André Luiz de Oliveira, conhecido como André Negão. Elas indicam o envolvimento da diretoria da Odebrecht com a solicitação de pagamentos em espécie de R$ 500 mil para pessoa com o codinome “Timão”, que seria o dirigente do alvinegro, segundo a PF.
A Polícia Federal cumpriu dois mandados de busca e apreensão relacionados ao vice do Corinthians. Ao fazer a busca encontraram duas armas em situação irregular e levaram o dirigente para prestar depoimento. Ele foi detido, mas liberado após pagar fiança de R$ 5 mil.
“Não tenho preocupação e o clube também não. Se é verdade que teve pagamento de propina, o Corinthians é vítima. Cada um sabe o que faz. O André foi lá, prestou o depoimento dele e já está em casa”, disse o deputado federal e um dos responsáveis pela construção do estádio, Andrés Sanchez, ao Globoesporte.com.
O Corinthians divulgou nota informando que qualquer irregularidade será devidamente apurada e o clube se compromete a tomar as providências para punir os responsáveis.
Nesta fase da operação, o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, do Ministério Público Federal, disse que o único estádio que apareceu foi o do Corinthians. De acordo com ele, há indicativos de pagamentos de propina em outros estádios da Copa.