Ao assistir à vitória dos reservas do Corinthians sobre a Ponte Preta, ficou bem mais claro o que todo o grupo de Tite tem que ainda é muito difícil de identificar em boa parte das equipes paulista: padrão de jogo.
O 4-1-4-1 esquematizado pelo treinador é nitidamente muito bem organizado, sendo que o desenho tático sofre poucas alterações ao longo do jogo. Nem mesmo as funções de um atleta titular vão ser diferentes de um reserva, a não ser que Tite precise encaixar uma peça nova aqui, outra ali; mas o que realmente vai diferenciar o time principal do reserva é qualidade.
Contra a Ponte, apenas Cássio era titular — Rodriguinho pode até ser considerado, mas ainda o vejo brigando por posições no meio —, mas quem realmente roubou a cena foram os paraguaios Romero e Balbuena.
A Ponte começou melhor. Mais tarde o Corinthians equilibrou a partida e passou a dominar. Luciano perdeu pênalti. Romero compensou com um golaço.
Depois, era hora da Ponte crescer novamente no jogo e ir para o ataque. Igualou o placar após as falhas de Balbuena e Cássio.
Na etapa complementar, o jogo não estava tão aberto como no primeiro tempo. O Corinthians tinha mais volume, mas os contra-ataques da Ponte assustavam. Em razão da intensa marcação das duas equipes, Tite buscou dar mais sustentação ao meio-campo colocando Maycon — entrou logo na volta do intervalo — e Giovanni Augusto, além de querer mais posse de bola com André no ataque.
E quem decidiu foi logo um zagueiro. Balbuena foi mais alto que todo mundo e não deu chances para o goleiro.
Justamente um dia após complicar o Brasil nas Eliminatórias, os paraguaios que salvaram o Corinthians, sendo um deles agora artilheiro do alvinegro na temporada, com sete gols. Poderiam ser oito, mas, no fim, Romero perdeu o segundo pênalti corintiano da noite.
Por fim, um grande destaque. Em tempos de ingressos caríssimos, a arena de Itaquera recebeu o menor público de sua história. Desde sua inauguração, em 2014, o número de pagantes nunca foi tão baixo: apenas 22.029, e renda das bilheterias foi de R$ 1.023.757,50. Que ironia. Mas a média de público por jogo chega a ultrapassar a casa dos 28 mil pagantes. Impressionante.