O Mundial de MotoGP começou como se esperava, com a vitória do espanhol Jorge Lorenzo, atual detentor do título, que, lá no Qatar, impôs sua superioridade e o acerto da escolha dos pneus, este ano Michelin e não mais Bridgestone. Com efeito a Ducati, brilhante segunda com Dovizioso (seu companheiro de equipe, Iannone, quis ultrapassa-lo logo e acabou caindo) optou por pneus macios tanto na frente como atrás, enquanto Marquez (terceiro) e Rossi (quarto, a 1 centésimo de segundo) montaram pneu duro na frente e médio atrás.
Lorenzo escolheu duro na anterior e macio na traseira, e foi a escolha vencedora.
O campeonato traz assim mais um motivo de interesse, ligado à escolha de pneus, pois com os Bridgestone, que todos os pilotos conheciam a fundo, praticamente não existia esta variável. E tem ainda o “suspense” que Lorenzo está fazendo com relação ao convite recebido pela Ducati para ser seu piloto em 2017, pois Rossi já assinou por mais duas temporadas com a Yamaha.
Neste primeiro GP, contudo, Lorenzo não conseguiu atuar sua tática preferida, a de atacar forte logo no inicio até estabelecer uma vantagem suficiente para mante-la até a bandeirada. Pelo contrário, teve que perseguir as duas Ducati, que na longa reta desfrutaram a fundo toda a cavalaria de seu excelente motor para tomar a ponta, e depois, nas voltas finais, controlar o desgaste dos pneus. Isto mostra que o mundial será muito interessante, pois mesmo Marquez, às voltas com a dificuldade de dominar a potência da Honda, que o motor fornece de forma abrupta, será um adversário à altura do compatriota.
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