Finalmente vai começar o Mundial de F1, pelo 67º ano (começou em 1950) consecutivo, com Hamilton a defender o título brilhantemente conquistado no ano passado e a curiosidade de ter abdicado do direto de usar o número 1. reservado ao campeão, preferendo ficar com seu 44. Com ele, a Mercedes, absoluta protagonista nas últimas temporadas e decidida a manter sua clamorosa supremacia.
Para tentar mudar o panorama, a Ferrari trabalhou duramente e seu novo carro é sem dúvida superior ao do ano passado, prevendo-se que deva ficar a 2 ou 3 décimos da Mercedes. Esta, por sinal, é também a opinião de Niki Lauda, o boss da Mercedes que, conjuntamente com Hamilton, indica na equipe de Maranello seu maior rival.
Em minha opinião não haverá luta pelo título que, uma vez mais, deverá ir para a firma da estrela de três pontas mas a Ferrari, em determinadas circunstâncias, poderá ser um adversário mais perigoso e quem sabe superar a marca de 3 vitórias obtida no ano passado.
Das demais equipes, espera-se uma luta acirrada entre Williams, Force India (que cada ano melhora um pouco) e Red Bull (com o renovado motor Renault) pelo terceiro lugar. Isto, por sinal, poderá dar lugar a disputas muito interessantes, logo atrás dos primeiros.
Fica, por outro lado, a curiosidade de ver o que poderá fazer a Renault, agora com equipe própria (adquiriu a Lotus), e espera-se com certo otimismo a estréia da norte-americana Haas, motorizada Ferrari. Isto em face de sua larga experiência nas corridas de seu país e da forma humilde como está encarando a nova aventura,dizendo que chegou para aprender com os inevitáveis erros que irá cometer.
Por fim, não acredito muito na McLaren-Honda, que deverá ter mais um ano difícil, embora não tão desastroso como em 2015.
Quanto aos pilotos, continuo achando Hamilton superior a Rosberg mas é evidente que para a Mercedes seria mais interessante o alemãozinho ser campeão do que uma repetição de Hamilton, pois assim ficaria mais claro que é o carro e não o piloto a fazer a diferença. Uma diferença que Vettel, com sua Ferrari, não terá condições de anular.
Dos brasileiros, espera-se uma boa temporada de Massa, na sua luta interna com Bottas, e uma temporada de evolução de Nasr, sobretudo se sua Sauber for mais competitivo do que no ano passado.
Pelo resto, teremos algumas novidades no regulamento, como a possibilidade de utilizar 5 e não mais 4 motores ao longo da temporada (será a mais longa da história, com nada menos que 21 GPs), um novo desenho dos escapamentos de forma a tornar os carros menos silenciosos, a limitação das mensagens via rádio (por exemplo, o box não poderá mais dar indicações ao piloto sobre a forma de usar o motor) e o novo formato do treino oficial. Veja, a este propósito, o que publicamos em matéria especial neste nosso site.
A novidade mais interessante, em minha opinião, é a relativa liberdade que os pilotos terão para escolher pneus. Em lugar dos 2 tipos obrigatórios, agora cada piloto poderá escolher entre 3 tipos diferentes, sendo porém sempre obrigado a usar só 2 durante cada fim de semana. E aos 4 tipos já conhecidos (duros, médios, macios e supermacios) a Pirelli acrescentou um ultramacio, que deve aumentar o desempenho, embora com reduzida vida útil.