Pequenos detalhes separam Cuca do Palmeiras. O salário do treinador já está acertado, inclusive seu tempo de contrato — ficará no alviverde até o fim do ano.
O que fica como grande dilema é o que o torcedor alviverde pode esperar de Cuca. A salvação? Talvez, mas acredito que a aposta vale.
O último trabalho de Cuca — que acompanhamos de perto — foi com o Atlético-MG, clube com o qual conquistou a Libertadores, em 2013. Aquele Galo era bem aguerrido cujas peças de meio-de-campo, juntas, caracterizavam um time dinâmico, intenso e veloz, traços que o treinador soube desfrutar muito bem.
No Palmeiras, o desafio é maior: terá de engrenar um time que dá um passo para frente e outro para trás; dois para frente, um para trás; e às vezes um para frente e dois para trás.
Cuca se identifica com o Palmeiras, mas o Palmeiras se identifica com Cuca?
Ele jogou no alviverde em 1992, na era Parmalat, e como treinador nunca escondeu o desejo de comandar o Palmeiras. Não é à toa que trocou o futebol europeu para negociar com o paulista.
A identificação do clube para com o treinador se dará com o tempo, e é disto que Cuca mais precisará no alviverde, caso realmente se acerte.
No começo, o torcedor precisará de calma. Cuca de tempo.
É melhor ir com calma. Ele pode dar certo.