Antes do início do campeonato, o diário “Lance” fez uma análise dos quatro grandes do futebol paulista e chegou à conclusão que o elenco do Palmeiras era superior ao dos outros três. A torcida do alviverde, por seu lado, embalada pela conquista da Copa do Brasil e consequente classificação para a Libertadores, tinha grandes esperanças de ver – finalmente – um time à altura das tradições do clube.
Em campo, porém, as coisas tem ocorrido de forma bem diferente. O time apresenta – embora às vezes com outros protagonistas – os mesmos desacertos do ano passado e os resultados tem sido parecidos. Isto tem criado uma lógica insatisfação na torcida e o decréscimo de público no Allianz Parque é a prova cabal da situação.
Nesta altura, embora não se possa dizer que o elenco do Palmeiras seja nitidamente inferior ao dos demais (em minha opinião ele pode ser colocado entre os dez melhores da América do Sul), é claro que o time está longe disso. Como conseqüência, é lógico buscar os responsáveis.
O trabalho do técnico Marcelo Oliveira não produziu os efeitos esperados e a brilhante campanha realizada no Cruzeiro (fato determinante para sua contratação) não se repete aqui. Os jogadores, por seu lado, parecem, em alguns casos, amedrontados pela situação, o que os leva a cometer erros bisonhos.
Como não se pode mandar embora boa parte do elenco, o normal será trocar de técnico, esperando que o novo contratado seja mais feliz. Atualmente parece-me não existir outro desfecho para o drama do Palmeiras.
Palmeiras, um enigma
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