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Imagine que os pilotos de Fórmula 1 tem um minuto e meio para ouvir uma música numa pista. Quando a música para, o que dançar pior está fora. Em analogia, esta é a principal eventual mudança para o Campeonato Mundial de 2016.
Aprovada pelos chefes de equipes e dirigentes da categoria, a proposta tem o seguinte objetivo: permanecem as três “subclassificação”, conhecidas como Q1, Q2 e Q3; Dentro delas, porém, haverá um tempo de 90 segundos (um minuto e meio) para se “salvar” – o último colocado, em tempo, dentro de espaço temporal, é eliminado.
Este tempo não começa de imediato, ao início do Q1. Ele é concebido de modo que a primeira parte da classificação (Q1) ocorra durante 16 minutos – passados sete, o mais lento é eliminado. E aí começa a dança das cadeiras, com um piloto sendo eliminado a cada um minuto e meio (90 segundos). Essa matemática faz com que sobrem 15 para a segunda parte da classificação (o Q2). Depois, o mesmo processo ocorre na segunda parte: 15 minutos totais, o mais lento é eliminado aos 6 minutos de Q2 – e depois a cada 90 segundos um novo piloto é eliminado.
Isso faz com que sobrem 8 pilotos para a fase final, o Q3. Com duração de 14 minutos, a terceira parte tem seu primeiro piloto eliminado após 5 minutos. Depois, novamente a dança das cadeiras ocorre – até que ocorre um head to head para a definição da pole position.
O sistema não chega a ser um playoff como o Chase for The Cup da NASCAR. Até porque a classificação continuará estruturada com três fases e não mexe na classificação do campeonato. De certo modo, lembra alguns tipos de torneios do poker (notoriamente o “com fases”). Se você não está entre o melhor entre uma fase (o Q1), não pode ir para a próxima – onde tudo começa do zero.
De toda forma, vale ressaltar que essa proposta ainda não está efetiva. O sistema de novas regras da categoria pede que haja um “duplo grau” de aprovação. Após o “ok” dos chefes de equipes e dirigentes, é necessária também aprovação pelo Conselho Mundial de Automobilismo, órgão da FIA. A próxima reunião, onde isso será colocado em pauta, ocorre no dia 4 de março. O Campeonato de 2016 tem 20 de março, no Grande Prêmio da Australia.
Massa: “Querem criar o caos”
O piloto brasileiro Felipe Massa, da Williams, deu sua opinião nesta semana sobre a proposta, ainda pendente de aprovação no Conselho. “Tenho certeza, um pouco de caos, carros que deveriam se classificar mais à frente com problemas e precisando largam do fundão. Então isso é algo que pode ser interessante para o público, mas, se é melhor ou não, ainda não sei”, relatou.
De fato o objetivo dos chefes de equipes e trazer mais imprevisibilidade e emoção também à classificação. Esta foi a mesma ideia quando o sistema mudou para as “três fases”.
“Não sei se gosto ou não. Acho que preciso de um tempo para sentar e compreender as regras, compreender as mudanças. A única coisa que entendi é que eles querem criar o caos, e isso certamente vai acontecer”, completou Massa.