A filosofia brasileira de demitir técnicos no meio da temporada é um assunto bastante presente nossas rodas de conversas em bares, botecos, no trabalho, enfim… E, em muitos casos, acaba acontecendo a comparação do nosso futebol com o da Terra da Rainha.
Feitos como os de Sir Alex Ferguson, que esteve à frente do Manchester United de 1986 a 2013, e de Arsene Wenger, que atualmente é o técnico mais antigo do futebol inglês em seu cargo — comanda o Arsenal há 19 anos, tendo mais de 1095 jogos com os Gunners no currículo — são exemplos frequentes nesse tipo de discussão.
Mas, durante esta semana, uma notícia me chamou a atenção e merece uma comparação com o futebol verde-amarelo. De acordo com a estatística da Associação de treinadores da Liga Inglesa, 29 técnicos das quatro principais divisões britânicas, foram demitidos entre 1 de junho e 29 de dezembro de 2015 — um recorde.
Levando em consideração este mesmo período, aqui no Brasil, 30 treinadores deixaram seus clubes. Todavia, eles integravam somente a Serie A do Campeonato Brasileiro, que ao todo presenciou 32 trocas de técnicos — nosso recorde —, sendo que o Corinthians foi o único clube que manteve seu treinador do início ao fim da temporada.
De fato, cada vez mais a imagem da Inglaterra como país cujo futebol dá mais tempo para seus técnicos aos poucos tem sido desfeita, mas os números ainda provam que estamos muito longe daquilo que consideramos o ideal para o nosso futebol.