Hoje, centenas de torcedores corintianos acordaram cedo para encarar longas filas nos pontos de venda de ingressos para a final da Copa São Paulo. O que ninguém esperava era ser vítima de tanta desorganização, além de ir para casa com um imenso semblante de derrota.
A venda de ingressos para os alvinegros começou no sábado, pela internet, com 21 mil entradas disponíveis pelo programa de sócio-torcedor — todas se esgotaram em 24 horas. Para hoje, domingo, haveria apenas ingressos físicos em cinco pontos de venda na cidade: Parque São Jorge, Arena Corinthians, Shopping Tietê Plaza, Shopping D e Rua Augusta 1948.
Fui à Rua Augusta, onde a loja de artigos esportivos do Corinthians abriria às 10h. Cheguei por volta das 9h, e a fila já dobrava o quarteirão. Ao lado de centenas de torcedores, esperei minha vez por quase seis horas — na verdade, eu nem fui atendido. Isso porque cambistas adentraram à loja como torcedores comuns, compraram ‘bolos’ de ingressos e saíram de bolsos cheios. Um deles, inclusive, vendia duas entradas para a Cadeira Laranja, R$ 60 cada (o dobro do preço), na própria fila.
Quando o relógio apontava 15h30, recebemos o aviso de que os ingressos haviam sido esgotados. Um dos funcionários da loja precisou fechar as portas do estabelecimento para sair e acalmar os revoltados torcedores. A situação só ficou mais tranquila após a chegada da PM.
Durante Copa do Mundo, o famigerado “combate aos cambistas” teve início, mas logo após o Mundial retornamos à velha normalidade.
Tem muita coisa errada aqui, que não devem ser apenas jogadas para debaixo do tapete com a finalidade de causar uma boa impressão do futebol brasileiro para o mundo.