Hoje acontece a grande decisão da Copa do Brasil, uma reedição da final do Campeonato Paulista, que por sinal, o atual cenário para esta partida é muito semelhante ao construído há sete meses.
Pelo estadual, jogando no Allianz Parque, o Palmeiras venceu por 1 a 0 e a torcida santista comemorou; celebrou a derrota pois não era um resultado difícil de ser revertido na Vila. E realmente não foi.
Desta vez, pelo torneio nacional, quando o Santos venceu por 1 a 0 na Vila Belmiro, o torcedor alviverde festejou. Em suma, a vitória pelo placar mínimo não põe a mão de ninguém na taça.
Semana passada, na matéria Preocupado, Santos pode atingir marca histórica vimos que após Dorival Jr. assumir o comando do Santos, o time passou a ter um retrospecto invejado dentro de casa. Infelizmente não podemos afirmar o mesmo da equipe de Marcelo Oliveira.
Com base nos jogos do Palmeiras pelo Campeonato Brasileiro, a última vitória do alviverde no Allianz Parque aconteceu no dia 19 de setembro — 3 a 2 sobre o Grêmio, pela 27ª rodada. Desta data para cá, o Verdão só venceu duas vezes em casa, justamente os duelos do mata-mata da Copa do Brasil, contra Internacional e Fluminense.
Contudo, vale ressaltar um aspecto bastante positivo. O Palmeiras nunca perdeu em mata-mata no Allianz Parque. Até aqui foram seis jogos, cinco vitórias do alviverde e apenas um empate.
Já o Santos, pelo Campeonato Brasileiro, é o segundo pior visitante do torneio; venceu apenas um jogo fora de casa em toda a competição — dia 30 de agosto, pela 21ª rodada, ganhou do Cruzeiro por 1 a 0 no Mineirão. Por outro lado, sob os comandos de Dorival Jr, o alvinegro da baixada venceu todos os jogos do mata-mata, dentro e fora de casa.
Hoje, o Palmeiras vai precisar de um feito que ocorreu apenas em três vezes das vinte e seis edições da Copa do Brasil: reverter a desvantagem e levar o título no segundo duelo. O próprio alviverde, em 1998, dirigido por Luiz Felipe Scolari – e que tinha entre seus destaques os meias Alex e Zinho– foi derrotado pelo Cruzeiro de Levir Culpi, também fora de casa, por 1 a 0, exatamente como na semana passada. No confronto de volta, no Morumbi, o atacante Paulo Nunes igualou o placar agregado já aos 12′ do primeiro tempo. A um minuto do final do jogo, outro atacante, Oséas, fez o gol do título.
O Internacional também conseguiu feito semelhante em 1992: perdeu para o Fluminense por 2 a 1 nas Laranjeiras, mas venceu os cariocas por 1 a 0 no Beira-Rio e também levou a taça por causa do gol feito no campo rival.
A última vez que isso ocorreu foi com o Sport, em 2008. O time pernambucano foi derrotado pelo Corinthians no Pacaembu por 3 a 1, mas marcou 2 a 0 na volta, na Ilha do Retiro, e ficou com o título por causa do critério de gols marcados fora de casa.
Hoje, o gol fora de casa não é critério de desempate.
Em meio a tantos pontos negativos e positivos, é praticamente impossível destacar um favorito ao título. O Santos leva vantagem em razão do resultado do duelo de semana passada, mas não está tão perto assim da taça.