Pela primeira vez na história, a Copa do Brasil foi decidida nas penalidades máximas, do mesmo modo como foi definido o campeão paulista de 2015. Contudo, o resultado foi diferente.
Palmeiras é tricampeão do torneio! O maior campeão nacional, desde a unificação dos títulos da Taça Brasil e do Torneio Roberto Gomes Pedrosa, os equiparando ao Campeonato Brasileiro, com onze títulos agora.
Marcelo Oliveira enfim conseguiu o seu primeiro título após receber a medalha de prata da competição três vezes.
E o Palmeiras, assim como na conquista 1998, conseguiu reverter a desvantagem no placar depois de perder o primeiro jogo por 1 a 0.
O 2 de dezembro de 2015 será eternamente lembrado pelo torcedor alviverde como o dia da canonização de Fernando Prass, o goleiro que salvou o time nos penais da semifinal contra e Fluminense e, agora, contra o Santos, com direito a gol do título.
Fernando Prass é Fernando Prass.
Marcos é Marcos.
Um não é substituto do outro, da mesma forma em que as comparações entre os dois devem ser bem moderadas.
Prass acabou de ser santificado, enquanto Marcos é até hoje glorificado de joelhos pelo torcedor alviverde.
Quanto ao jogo, a partida do Allianz Parque foi bem mais agradável em relação ao confronto da Vila Belmiro, especialmente o segundo tempo.
O Palmeiras poderia ter mudado a história do duelo logo aos onze segundos da etapa inicial, mas o menino Jesus viu Vanderlei fazer milagre.
Com Gabriel Jesus em campo, o jogo palmeirense estava desenhado. Era por ele que as melhores jogadas alviverdes eram criadas; era ele quem colocava a bola no chão, partia em velocidade, trocava passes e arriscava dribles. Quando o garoto saiu por contusão, a bola não parava mais no ataque do Palmeiras, e os chutões passaram a ser a melhor opção encontrada pelos jogadores.
As “rifadas” de bola sobravam nos pés dos santistas, que assim ganhavam ritmo. A proposta de jogo do Santos, de apostar em contragolpes, não dava certo pois Lucas Lima esteve muito bem anulado por Matheus Sales, que jogou uma barbaridade e foi um dos melhores da partida. Desse modo, o Palmeiras buscava o controle do jogo na raça, com lançamentos e ansiedade. Aproveitou duas bobeiras do sistema defensivo alvinegro para abrir 2 a 0 no placar. Ricardo Oliveira fez o mesmo com o alviverde e levou a decisão para as penalidades.
Para o Santos, resta apenas lamentar o número de chances perdidas na Vila Belmiro e a aposta que fez de abrir mão do caminho do G-4 do Campeonato Brasileiro para chegar à Libertadores por intermédio da Copa do Brasil.
Por outro lado, o Santos entra para a história do futebol nacional ao realizar uma tríplice coroa de artilheiros. Neste ano, teve o artilheiro do Campeonato Paulista (Ricardo Oliveira), do Campeonato Brasileiro (Ricardo Oliveira) e da Copa do Brasil (Gabriel). Além disso, Gabigol repete a mesma façanha de Romário e Gerson, que foram artilheiros de duas edições seguidas do mata-mata nacional. Se alguém tem ânimo para comemorar isso, eu não sei.
O que eu sei é que o torcedor palmeirense tem motivos de sobra para festejar. Parabéns Palmeiras!
