O sorteio da fase de grupos da Libertadores nos proporcionou alguns resultados interessantes.
A começar pelo São Paulo, que terá de disputar o mata-mata da primeira fase da competição contra o Universidad Cesar Vallejo, do Peru. Em tese, é um adversário tranquilo, e o clube do Morumbi não enfrentará muitas condições adversas como a altitude, além de longas e desgastantes viagens.
Caso avance, o Tricolor cairá no Grupo 1, com River Plate, The Strongest (Bolívia), e Trujillanos (Venezuela). Aí sim terá um desafio maior: vai encarar a altitude boliviana e o desconfigurado atual campeão do torneio, que hoje não apresenta o melhor futebol da América do Sul, mas sempre é considerado como grande força.
Dificilmente o São Paulo não passará pelo Cesar Vallejo. A partida de ida será dia 3 de fevereiro. Tricolor decide a vaga em casa, na outra semana, dia 10.
Pelo Grupo 2, o Palmeiras vai pegar o Nacional (Uruguai), Rosario Central (Argentina) e o vencedor de River Plate (Uruguai) x Universidad de Chile. Esse é um dos grupos mais difíceis e equilibrados da competição.
O alviverde vai encarar o campeão do Uruguai e um dos argentinos mais enjoados do torneio. Além disso, se os chilenos, campeões da copa nacional, confirmarem o favoritismo e avançarem, será mais uma pedra no caminho do Palestra.
O Grupo 5 é composto por Atlético-MG, Colo Colo (Chile), Melgar (Peru) e o ganhador do duelo entre Independiente Del Valle (Equador) e Guaraní (Paraguai). De todos os brasileiros, o Galo é quem vive situação mais tranquila, pois está num grupo em que pode se classificar em primeiro e com boa pontuação.
Entre os adversários, o mais complicado é o chileno. Quanto aos paraguaios, não são os mesmos que eliminaram o Corinthians no ano passado, uma vez que não contam mais com o técnico Fernando Jubero e sua principal referência, o atacante Santander.
O Grêmio está naquele que é considerado por muitos o grupo da morte. O quadrangular conta com San Lorenzo, LDU (Equador) e Toluca (México). O time do Papa Francisco, vice-campeão argentino, não é mais dirigido por Ricardo Bauza, que hoje comanda o São Paulo. A LDU também também é uma equipe que dá muito trabalho aos adversários. Além disso, há um mexicano no grupo, e assim a viagem para lá contribui para um grande desgaste.
Por fim o Grupo 8, do Corinthians, que tem Cerro Porteño (Paraguai), Cobresal (Chile) e o vencedor de Oriente Petrolero (Bolívia) x Independiente Santa Fe (Colômbia). O time de Lugano — que à princípio defenderá o time paraguaio no torneio — é o campeão nacional, mas não vejo ainda como a segunda força desse grupo. Nesse aspecto, enxergo apenas o Santa Fe, campeão da Copa Sul-Americana, que certamente confirmará o seu favoritismo contra o rival boliviano. Se acontecer dessa forma, os colombianos serão os maiores adversários do alvinegro do Parque São Jorge. Quanto aos chilenos, campeões da série A do país, não são muito tradicionais no torneio, mas podem nos reservar algumas surpresas.
Não é um grupo difícil, mas também não é fraco.