Quinze milhões de dólares.
Após viajar na classe econômica acompanhado de dois oficiais do FBI, José Maria Marin foi extraditado para os Estados Unidos. Mal chegou e já foi a julgamento. Sua audiência estava marcada para as 13h (de Brasília) na Corte Federal do Brooklyn, mas foi antecipada para a noite desta terça-feira.
Na sessão, o juiz Raymond Dearie determinou fiança de US$15 milhões (cerca de R$57 milhões). Assim, o ex-dirigente poderá cumprir prisão em domicílio e será monitorado por uma tornozeleira eletrônica.
O apartamento do brasileiro de 83 anos, no Trump Tower, localizado na quinta avenida — uma das mais caras de Nova York —, corresponde a boa parte da fiança. O ex-dirigente só poderá sair da residência para ir ao médico, à igreja e ao encontro de seus advogados. Qualquer contato com seus antigos companheiros de CBF (Del Nero e Ricardo Teixeira) e qualquer envolvido no escândalo da Fifa é terminantemente proibido.
Com a extradição, a Justiça dos Estados Unidos pretende que o brasileiro colabore com as investigações sobre os demais dirigentes que estão envolvidos com os escândalos que circundam a Fifa.
É mais um novo capítulo para a entidade more do futebol já teve início, que certamente desencadeará outros, visto que agora todos os sete dirigentes presos na Suíça aceitaram a extradição.