Evidentemente, o placar poderia ser muito maior na Vila. Se não fosse pelas chances desperdiçadas pelo Santos, especialmente por Nilson no minuto final, ou pelo penal perdido por Gabriel, ou até mesmo pela noite inspiradíssima de Fernando Prass, o alvinegro poderia ter aberto uma vantagem ainda maior. Contudo, o alviverde perdeu uma grande chance no primeiro minuto de jogo, que poderia ter dado outro ritmo à partida, sem contar a penalidade não marcada pelo juiz em cima de Barrios, quando placar ainda estava zerado.
O marcador poderia ter sido maior se o gramado apresentasse melhores condições. Mas estava pesado, e ficou pior ainda quando a chuva caiu na Vila Belmiro. Assim, o jogo ficou ainda mais pegado.
Mas, acima de tudo, poderia ter sido maior se as duas equipes jogassem com um pouco mais de inteligência. Pelo lado direito palmeirense, o Santos criava suas melhores chances. Lucas, Robinho ou qualquer outro que cobrisse aquele setor falhavam diante dos dribles do adversário. O alvinegro era intenso e veloz. Pressionava bastante. Tinha postura de mandante nesses momentos, mas não aproveitava as maiores vantagens que o oponente proporcionava.
A cada minuto, a ansiedade santista aumentava. Precisava do resultado positivo em casa para não ficar no prejuízo. No entanto, a catimba, que esteve presente desde o apito inicial, correu contra as duas equipes.
Tudo era motivo para discussão ou uma chegada mais forte. Às vezes, deixavam de jogar para bater. A tensão e o calor do jogo aumentavam em função disso. Consequentemente, a qualidade das equipes diminuía aos poucos.
O Palmeiras parecia nervoso, não tinha calma para simplesmente pôr a bola no chão e trocar pelo menos três passes no ataque.
No primeiro tempo, o maior trabalho que Vanderlei teve foi o de cobrar dois tiros de meta. Palmeiras tem alguns problemas na defesa, no meio e no ataque. E isso constrói um grande contraste com seu oponente.
Em casa, o Santos mostra ser um time pronto. Tem uma defesa organizada um meio de campo muito consistente e que trabalha melhor a bola com o ataque. Bem diferente do alviverde, que ainda apresenta fraqueza na zaga e tem o cérebro da equipe mal posicionado na lateral-esquerda. Assim vemos muitas tentativas de ligações diretas ou bate-rebates que acabam sobrando nos pés dos santistas.
Pelos dois lados há muita coisa para melhorar até a partida de semana que vem no Allianz Parque.