O humilhante resultado de 6 a 1 do Corinthians sobre o São Paulo não refletiu apenas o que aconteceu dentro do campo, mas muito o que se passou fora dele. Ver o time misto do Corinthians — a maior parte dos atletas considerada reserva — me deu prova do gigantesco contraste que há entre as duas equipes em termos de planejamento.
A conquista do Brasileiro evidencia muito isso para o Corinthians, que mesmo com problemas financeiros ao longo da temporada, terminou o Brasileiro com a melhor gestão em relação às demais equipes.
Já o São Paulo, passou pela maior crise política da sua história. Antes, havia muitos culpados. Podiam jogar todas as responsabilidades dos erros nas costas de Aidar, Doriva ou qualquer outro que não estivesse agradando. Agora, sobrou para quem?
A instabilidade é puro reflexo de todo o ano conturbado do Tricolor. Ora vai jogar bem como contra o Atlético-PR, ora nem vai entrar em campo como contra o Corinthians.
O ano de 2015 ainda não terminou para o São Paulo porque ainda briga por uma vaga no G-4. Mas foi marcado por um cenário horrível, que agora é aclamado por uma série do protestos na porta do CT e pela humilhação na casa do rival, que vivia dia de festa.
Vence de seis quem tem todas as condições favoráveis no ano e se planeja melhor para ele; quem, em meio às maiores dificuldades, soube se reorganizar. Perde de seis aquele que sempre quis ser diferenciado e acabou se tornando um exemplo nacional de “como não administrar um clube”.