O GP Brasil, a ser disputado neste domingo em Interlagos mostrou, após os dois dias de treinos que o “script” da corrida será o de costume: duas Mercedes na frente, com Hamilton e Rosberg lutando pela vitória, a Ferrari de Vettel em busca do terceiro lugar e, logo atrás, Williams (com Bottas e Massa) e com Red Bull (com Ricciardo e Kvyat) ocupando as posições subsequentes. Com a eventual intromissão, entre eles, de uma Force India (Grosjean ou Perez, à escolha).
A luta entre Hamilton e Rosberg pode ser influenciada pela rivalidade que se acentuou entre os dois após a ordem de equipe, no GP do México, para o inglês seguir a mesma estrategia do alemão, fazendo dois pit-stops. Hamilton entendia que poderia chegar até a bandeirada sem a segunda parada, o que lhe teria dado a vitória e teria atrapalhado um pouco o desejo da Mercedes de fortificar a posição de Rosberg como vice-líder do mundial. Veremos, então, as eventuais conseqüências disso na pista.
Só uma forte chuva, em minha opinião, poderia modificar este panorama e criar as condições para outro resultado. Aumentando, por exemplo, as chances de boa colocação da Red Bull que, com piso molhado, viria reduzida a inferioridade de potência que tem com relação a Mercedes e Ferrari. E é nisso que reside uma das grandes curiosidades deste GP Brasil que chega com o campeonato já decidido.
Por sinal, uma eventual luta pelo vice-campeonato seria mais justificada pela fria matemática do que pela realidade técnica, pois a vantagem de Rosberg sobre Vettel não pode ser anulada nas pistas nos dois derradeiros GPs desta temporada, domingo em Interlagos e dia 29 no circuito de Yas Marina, em Abu Dhabi.
Quanto aos pilotos brasileiros, pode-se esperar, pelo seu amplo conhecimento do circuito, um bom desempenho de Massa, cujo maior objetivo, nesta altura, é ficar à frente do companheiro de equipe Bottas no mundial. E também Nasr vai tentar fazer o mesmo, ao menos em Interlagos, com o sueco Ericsson, seu companheiro na equipe Sauber.