Como o Mestre Claudio Carsughi nos disse em sua palestra de 1min40s — São Paulo não é mais o mesmo — o Tricolor, que sempre quis demonstrar ser diferente, vive um momento totalmente incomum do que vinha sido construído de uns anos para cá. Houve uma revolução, que virou de cabeça para baixo todos os conceitos e filosofias aderidas pelo clube. Coisas bem simples, que mudam completamente a imagem que, supostamente, seria particularizada no futebol nacional. E, para isso, o caso Osorio serve como um ótimo exemplo.
De 2003 para cá, o Tricolor teve vinte e uma trocas de treinador. Alguns tiveram passagens duradouras como Muricy, que em seu mais recente comando no clube atuou em cento e nove jogos. O fato de os treinadores terem maior continuidade em seus trabalhos parecia estar ficando comum pelo clube, até chegar um estrangeiro.
O ano de 2003 marca a última vez que o São Paulo abraçou a ideia de ter um treinador estrangeiro, o chileno Roberto Rojas. Depois disso, onze técnicos estiveram a frente do clube, sendo que alguns tiveram mais de uma passagem nesses doze anos. Aí chegamos ao ano de 2015 e o Tricolor contrata um gringo com características incomuns para o nosso futebol. Parecia uma tacada de mestre da diretoria no começo, até o sacanearem. O clube paulista não soube aproveitar o colombiano. Agora, depois de tê-lo perdido, parece ter gostado da ideia de ter técnicos internacionais e, como prova, negocia fortemente com Diego Aguirre, ex-Internacional.
Em suma, toda a filosofia são-paulina que vinha sido construída ao longo dos anos, foi desmoronada. O time que mantinha técnicos por mais de uma temporada, não consegue segurar um por mais de quatro meses. Antes, trazer um estrangeiro era algo que não condizia com a imagem tricolor. Hoje, o gringo é a primeira opção. Portanto, o clube não possui mais conceitos, tampouco uma identidade positiva.
Essa é a triste realidade do São Paulo Futebol Clube.