Uma noite marcada por muitas paralisações no futebol brasileiro. No Morumbi, um blackout após quarenta segundos de jogo. Já no Maracanã, os dois clubes que possuem o mesmo fornecedor de material esportivo entraram em campo com uniformes cujas cores confundiam os próprios atletas no gramado e, portanto, o Palmeiras teve de trocar.
No dilúvio
Evidentemente, por se tratar de um tradicional San-São e uma semifinal de Copa do Brasil, o Morumbi poderia estar bem mais cheio, embora o torcedor são-paulino esteja insatisfeito com o preço do ingressos.
Nos primeiros quinze minutos de partida, o São Paulo demonstrava mais ansiedade e garra nas disputas de bola. Conseguia trabalhar alguns passes no campo defensivo santista, mas pouco agredia o alvinegro. Tinha o espírito de conquistar o título inédito e de dar uma digna despedida a Rogério Ceni, até que a zaga tricolor deu grande bobeada e Gabriel abriu o placar.
O São Paulo voltou a pressionar, exagerando na quantidade de cruzamentos na área. Assim Pato marcou um belo gol de empate, e os mandantes seguiram melhores, mas os contragolpes dos visitantes eram mais perigosos.
Na etapa complementar, mais um problema antes do reinício da partida: gramado encharcado. Quando o jogo recomeçou, aconteceu outro blackout, só que, dessa vez, apenas na defesa do São Paulo. Em quatro minutos, o Santos finalizou à meta de Rogério três vezes: na primeira, o arqueiro fez grande defesa, jogando a bola para tiro de canto; na segunda, após o escanteio, o gol de desempate dos visitantes; e, por fim, na terceira, saiu o score que deixou o marcador ainda maior. Além disso, em três jogos com Doriva, a equipe tricolor sofreu o terceiro gol de cabeça.
Um placar de 3 a 1 que só fez o time do Morumbi acordar minutos mais tarde. O São Paulo reagiu e o Santos buscou se posicionar bem, tentando fechar todos os espaços da defesa. Quando o Tricolor encontrava uma brecha, sempre dava algo errado na hora de finalizar. Pecava na pontaria, ficavam em impedimento ou, até mesmo, não acertavam a bola para simplesmente empurrá-la para dentro do gol.
E assim seguiu o clássico. O Sâo Paulo tinha volume, mas não tinha eficiência para marcar. O Santos desfrutava dos contra-ataques, mas o que mais importava era levar a expressiva vantagem para o jogo da volta, na Vila Belmiro.
Duelo dos irregulares
Nenhuma das duas equipes passa confiança ao seu torcedor. O Palmeiras passou vexame em Chapecó e perdeu para a Ponte Preta em casa. Venceu o Avaí, mas…
Enquanto o Fluminense é dono de uma das piores campanhas do segundo turno do Campeonato Brasileiro.
Então, esperava-se um duelo de bastante equilíbrio e bem emocionante, mas não foi bem isso que aconteceu. O primeiro chute a gol saiu aos 15′ da etapa inicial. Depois, vimos um Palmeiras bastante inseguro, com o time nervoso, distribuindo chutões para todos os lados.
Claramente, as duas defesas eram muito fragilizadas. Tratava-se de um confronto no qual venceria quem tirasse mais proveito da deficiência adversária. O Palmeiras teve duas grandes oportunidades de gol. Não aproveitou. Após isso, Marcos Jr. abriu o placar na primeira bola parada do Fluminense.
Aí o Palmeiras procurou se organizar, roubar a bola e sair em velocidade. Já o Flu, era tranquilo, trocava passes, enquanto o alviverde só corria atrás da redonda.
No fim do primeiro tempo, mais uma falha da defesa palmeirense no jogo aéreo e Gum ampliou o marcador. No vestiário, Marcelo Oliveira sacou Andrei Girotto e Victor Ramos, dois que pagaram pelos erros do 2 a 0.
Na etapa complementar, o ritmo do jogo era semelhante ao do primeiro tempo, até que o árbitro marcou um penal em cima de Zé Roberto — lance normal. O próprio camisa onze bateu e converteu. 2 a 1.
O Palmeiras enfim acordou e até poderia ter empatado, se Barrios não tivesse tirado o que poderia ser o gol de Lucas. Aí a partida começou a oscilar bastante, pois ora era equilibrada com chances para ambos os lados, ora era sonolenta.
Contudo, apesar da derrota, o fato de ter feito um gol fora de casa é muito importante para o Palmeiras, o que leva toda a decisão para o Allianz Parque.
Finalmente, foi uma apresentação ruim do alviverde, mas bem ruim mesmo.