Doriva fez apostas na escalação tricolor e sofreu com elas. O treinador montou um time totalmente ofensivo no 4-3-3, com Alan Kardec e Luis Fabiano no ataque. Jogando com dois homens de área, a estratégia são-paulina era a mesma do duelo da semana passada: bolas alçadas à área. Mais uma vez não deu certo, e ficou ainda mais evidente quando o técnico resolveu trocar o camisa 9 por Wesley antes do fim da etapa inicial.
Além disso, a proposta de jogo do São Paulo exigia que a equipe se expusesse mais na partida. Assim, o Santos encaixava uma série de contra-ataques fulminantes, principalmente com Lucas Lima, que estava impossível e participou dos três gols santistas.
Outro fator que facilitou bastante o triunfo alvinegro foi a composição da defesa do São Paulo. O quarteto fora testado por Doriva poucas vezes. Dessa forma, o pequeno entrosamento somado à falta de experiência de alguns atletas — Lyanco (18 anos), Lucão (19 anos) e Matheus Reis (20 anos) — permitiu que o Santos passeasse, especialmente pelo lado esquerdo tricolor, durante a maior parte do primeiro tempo.
Se nos 45 minutos iniciais o ritmo santista era intenso, de adiantar a marcação, pressionar a saída de bola são-paulina e armar contragolpes em alta velocidade, na etapa complementar era semelhante ao de um rachão. Sem risco algum do São Paulo reverter a vantagem, o alvinegro não tinha razões para comprometer a condição física dos atletas, a menos se quisesse aplicar uma grande humilhação em cima do adversário.
Ficou muito claro o contraste de uma equipe muito bem organizada taticamente e de outra totalmente perdida, sem saber como reagir.
Enfim, Rogério Ceni não terá o fim de carreira com que tanto sonhava, que era com o título da competição. Dependendo do resultado que sair de seu julgamento sobre a declaração que deu após o jogo contra o Vasco, pelo Campeonato Brasileiro, o ídolo terá uma despedida melancólica que ficará guardada na história do clube por muitos e muitos anos.
No lotado Allianz Parque cujo gramado não condiz com o naipe da arena, um duelo coberto de emoções do início ao fim.
Começou tenso, bem movimentado e com muitas chances para os dois lados. Quando o Palmeiras conseguiu marcar dois gols num intervalo de três minutos — o segundo em consequência de um penal bem marcado — parecia que o alviverde já havia matado o jogo, mas não deixava de ser mera ilusão…
A partida seguiu com equilíbrio e com os goleiros salvando seus patrimônios. Quando tudo se encaminhava para a classificação do alviverde, Dudu cometeu um erro juvenil — com o placar a seu favor não precisava de tanta afobação para atacar —, que gerou o contragolpe tricolor, resultando no gol que levou a decisão às penalidades máximas.
Mais uma vez Prass se destacou e o Palmeiras chegou a sua segunda final do ano. Agora, Palmeiras e Santos reviverão a decisão do Campeonato Paulista, do qual o Peixe saiu campeão. Só que dessa vez, está valendo uma vaga direta para a Libertadores, algo pelo qual as duas equipes brigam no Brasileirão.