Osorio disse adeus. Em seu breve pronunciamento agradeceu roupeiros, massagistas, Ataíde Gil Guerreiro e Milton Cruz. O que mais chamou a atenção de todos é que o colombiano fez questão de lembrar do funcionário que corta a grama em seu discurso e simplesmente ignorou Aidar. Uma despedida que ficará marcada.
Sem vice-presidente de futebol, diretor ou qualquer outro dirigente regulamentado após a demissão coletiva, Aidar delegou a José Eduardo Chimello, seu novo homem de confiança, a tarefa de conduzir a negociação com Doriva. O novo gerente de futebol conseguiu, mas trata-se de uma aposta arriscada.
Doriva é exatamente o oposto de Osorio. Este prioriza o aspecto ofensivo, enquanto aquele será mais atencioso com a marcação. Portanto, se na política estava tudo bagunçado, as coisas no campo também ficarão de cabeça para baixo. Devemos lembrar que o trabalho do colombiano foi interrompido pela metade e, agora, o novo treinador tem as missões de encarar uma semifinal de Copa do Brasil e de brigar por uma vaga no G-4. Ou seja, às vésperas de decisões, o jeito do São Paulo jogar vai mudar.
Na última segunda-feira, estive no lançamento da linha personalizada de relógios de Rogério Ceni e aproveitei para questioná-lo sobre o que estava faltando para o Tricolor conquistar o título inédito. “O São Paulo deve ser uma equipe mais constante durante os noventa minutos e ter maior regularidade”, respondeu o arqueiro.
Diante disso, penso que se precisa de regularidade, o trabalho de Doriva necessitará de tempo, o que por enquanto não tem muito. Agora, só nos resta aguardar se a aposta realmente valeu a pena.