No Allianz Parque, o Palmeiras recebeu o Internacional para mais um duelo decisivo pela Copa do Brasil.
Na etapa inicial, o Palmeiras apresentava com nitidez sua busca pelo gol nos primeiros dez minutos de partida, e realmente aconteceu, por meio da jogada mais eficaz do time alviverde: a bola alçada à área. O Inter, por sua vez, aos poucos ia crescendo no jogo, criando alguns lances com velocidade, mas sempre pecava nas finalizações.
Se o Colorado não aproveitou suas chances, nem quando conseguiu carimbar o poste de Fernando Prass, o Verdão tratou de ampliar o placar por intermédio de um penal que vai gerar muitas discussões ao longo dessa semana. Em minha concepção, marcação correta porque nem todo pênalti é intencional e, em razão do tropeço de Alex seguido pelo agarrão, o atleta alviverde não conseguiria alcançar a bola — o que, se tivesse ocorrido fora da área seria considerado como falta. Contudo, trata-se de um lance totalmente interpretativo e cada pode enxergá-lo da forma que achar melhor.
Na etapa complementar, vimos o Palmeiras com dificuldades para administrar a sua vantagem. Apostava em jogadas difíceis como ligações diretas, quando a proposta ideal seria a de colocar a bola no chão e começar a trocar passes. Ademais, o meio de campo do Palestra ficou bem sonolento. Em função disso, o Inter passou a aproveitar a lentidão da zaga — com exceção de Victor Hugo — e de Andrei Girotto, que entrara na vaga do amarelado Amaral, com os adiantamentos de Valdivia, Anderson, Alex e Ernando, todos bem compactados. O visitante passou a ser superior.
O Colorado diminuiu o placar, e a jogada do gol começou com a caracterização do “jogo perigoso”, o famoso pé alto — aí errou o juiz por não ter apitado. O score nem fez o Palmeiras acordar nem mudar sua postura. Então, o Inter tratou de empatar o jogo. Aí sim o Verdão despertou-se e, em um minuto, voltou a deixar o placar a seu favor — mais uma vez de cabeça.
O equilíbrio entre as duas equipes prevaleceu nos minutos finais, o que deu à partida um caráter mais agradável, disputado, dramático e emocionante. Vale um destaque positivo para os dois goleiros, que estiveram muito bem, e um negativo para a arbitragem, que marcou fortemente esta partida com atuação ruim e confusa para os dois lados. Todavia, nada tira os méritos do alviverde, que soube aproveitar melhor as chances que teve para sair com a classificação.
Finalmente, com o resultado de 3-2, o Verdão avança à semifinal da Copa do Brasil e vai encarar o Fluminense, que eliminou o Grêmio na Arena em Porto Alegre.