“E um momento único na vida do clube, diferente das conquistas e alegrias que vivemos, mas é momento de mudanças”. Essa frase foi muito bem pontuada por Rogério Ceni na coletiva de ontem. Uma demonstração de que o goleiro, o torcedor e qualquer outro ligado ao clube pedem por um momento de tranquilidade, exceto aqueles que têm interesses políticos.
O São Paulo vive a considerada maior crise política de sua história. Hoje, podemos dividir o clube em dois: o lado de Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, e o da oposição. E é aí que eu vejo um grande problema.
O clube do Morumbi não deveria estar separado dessa forma, mas unido para que todas as partes da agremiação, juntas, elegessem o melhor nome para ocupar a cadeira de Aidar — algo semelhante ao Conclave do Vaticano.
O presidente até pode ser Leco, mas que isso aconteça com o apoio unânime do clube. Sem eleições, sem divisões de facções políticas.
Portanto, qualquer escolha agora para o novo posto são-paulino é altamente delicada. Quando a situação é assim, não se deve arriscar. Se for para fazer mudanças e o São Paulo voltar a ser um clube diferente — como se dizia ser —, que elas aconteçam da forma mais sensata e coerente possível, separando os que buscam o melhor para o clube daqueles que visam apenas os benefícios que a política oferece.