A Conmebol teve uma postura que deveria ter chamado a atenção de muitos brasileiros associados à CBF: tirou Marco Polo Del Nero do Comitê Executivo da Fifa. O motivo é a ausência do brasileiro nas reuniões e todos os outros eventos fora do Brasil da entidade master do futebol desde 27 de maio deste ano, quando o FBI prendeu os sete de dirigentes de futebol, entre eles seu antecessor José Maria Marin.
O estatuto da Conmebol obriga seus mandatários na Fifa a participar dos congressos da própria entidade, afinal, cabe a ela indicar os representantes do continente na Fifa. Ou seja, como não sai mais do Brasil, a Conmebol resolveu dar um basta em toda a história, o que deveria servir de exemplo para muitos brasileiros, que não foram representados por Del Nero em Copa América, Eliminatórias, Mundial Feminino e tampouco na Copa do Mundo de Beach Soccer, esporte o qual é presidente do Comitê.
Além disso, o cartola brasileiro também é vice-presidente do Comitê Organizador da Copa do Mundo de 2018 e integrante dos comitês de organizadores do Mundial de Clubes e dos torneios olímpicos de futebol.
Fora que, como dirigente da Fifa, Del Nero recebe um salário estimado de 200 mil francos anuais — pouco mais de R$ 800 mil.
Por fim, a situação de Del Nero já era estudada pela Conmebol há pelo menos três meses. A decisão final deve acontecer no dia 27 de novembro em reunião da cúpula da entidade sul-americana, no Rio de Janeiro. A partir daí, tudo poderá levar a uma renúncia do cartola à cadeira da CBF.