Nos Estados Unidos e em toda a Europa o “caso” VW já foi definido como “dieselgate” e está tendo uma repercussão cada vez maior.
Assim prevê-se uma “class action”, isto é uma ação legal coletiva, com 11 milhões de potenciais aderentes, tantos quantos são os carros envolvidos neste mega-escândalo.
Se a VW não conseguir modificar os motores incriminados, de forma a fazê-los obedecer aos parâmetros legais de poluição, os carros envolvidos não mais poderiam ser usados. Em conseqüência, aos 18 bilhões de dólares de multa, previstos pela EPA ( a agência anti-poluição norte-americana), deveria ser somada uma colossal indenização aos proprietários desses carros. Por fim, os concessionários se encontrariam com os pátios cheios de carros que não mais poderiam ser comercializados. Tudo isto pode ser calculado como um prejuízo de cerca 50 bilhões de dólares.
Nos Estados Unidos já são 25 as “class action” anunciadas enquanto na Grã Bretanha, de acordo com o jornal “Daily Mail”, centenas de milhares de clientes, que adquiriram carros do grupo VW, estariam se organizando para obter uma indenização à altura do prejuízo sofrido. E o ministro alemão dos Transportes, Alexander Dobrindt, afirmou : “fomos informados que também na Europa os carros com motores diesel 1.6 e 2.0 foram objetos das manipulações dos quais se fala”.
Paralelamente, o chefão da VW mundial, Martin Winterkorn, de 68 anos, pediu demissão mas vai sair cheio de dinheiro. Por contrato, ele deve receber uma aposentadoria de 28,6 milhões de euro e, além disso, ele poderia ainda receber duas anuidades, num total de mais 33 milhões de euro. Isso explica a briga já em ato para suceder-lhe, com os nomes de Matthias Mueller (apoiado pelas famílias Porsche e Piech que controlam a VW) e Herbert Diess, um ex-diretor da BMW contratado este ano, como os mais cotados. Embora não possam ser postos de lado Andreas Renschler, responsável dos veículos comerciais, e Sascha Gommel, atual chefe da Skoda, uma das marcas do Grupo VW.