O GP de Cingapura, um dos mais charmosos do mundial pelas suas características próprias e pela demonstração de que, com dinheiro à vontade, quase nada é impossível na F1, viu um triunfo clamoroso de Vettel e sua Ferrari. Desde os treinos isto ficou evidente, a conquista da pole com meio segundo de vantagem sobre Ricciardo e sete décimos sobre Raikkonen, foi o cartão de visita de uma corrida que não teve história : Vettel na frente, e todos os outros atrás. Nem mesmo as duas entradas do safety-car, anulando a vantagem de Vettel, a primeira vez superior a 6¨ e a outra maior que 4″, foram suficientes para criar condições de luta pelo primeiro lugar.
Que o carro da Ferrari tivesse encontrado o equilíbrio ideal para este circuito foi visto desde a sexta-feira, da mesma forma que, numa pista em que o fator motor não era tão marcante, o progresso da Red Bull também não deve surpreender. O que ninguém esperava era o desastre da Mercedes, em momento algum competitiva, com Hamilton até mesmo obrigado a desistir e Rosberg em quarto, sem nunca dar a impressão de poder lutar por um lugar no pódio. A explicação oficial dos pilotos das Mercedes foi que o carro não tinha encontrado o melhor rendimento dos pneus, o que pode até ser verdade mas fica aguardando uma confirmação já no próximo domingo, no GP do Japão. Se isto não ocorrer, será permitido falar em crise na equipe que até aqui dominou, de forma avassaladora, este mundial. E a cara fechada de Lauda, ao final do GP, foi extremamente emblemática.
Quanto aos pilotos brasileiros, Massa, às voltas com uma série de problemas mecânicos, foi obrigado a desistir enquanto Nasr, dentro das possibilidades de sua Sauber, foi autor de uma prova bem consistente, acabando por voltar a marcar pontos, após uma bela luta com Grosjean nas voltas derradeiras.