São Paulo fez o seu dever de casa com tranquilidade. Sem passar muitos sustos, o Tricolor garantiu excelente vantagem sobre o Vasco para o jogo de volta, que acontecerá em São Januário.
Desde o início da partida, o São Paulo conseguia colocar a bola no chão e trabalhá-la no ataque. Era nítida a proposta de jogo do Vasco, que preocupava-se apenas em se fechar e apostar nos erros são-paulinos. Não era à toa que o time mandante tinha o domínio do meio de campo e do duelo, pois criava as melhores jogadas, principalmente com Ganso, que jogava mais adiantado e com bastante mobilidade.
O primeiro gol saiu por meio de uma jogada individual de Pato, que acertou a bola com rara felicidade. O Cruzmaltino precisava se expôr mais para conseguir o importante gol fora de casa; mas acabou ficando abalado, sem esboçar reação, e sofreu o segundo gol, graças à bela participação de Ganso somada à bobeira da zaga alvinegra.
Na etapa complementar, o São Paulo diminuiu o seu ritmo e viu a defesa do adversário mais fragilizada em razão das subidas ao ataque. O Tricolor podia ter aproveitado dois contra-ataques para golear o Vasco, mas pecava na pontaria. Como o Cruzmaltino não tinha consistência no meio do campo, raramente Nenê e Andrezinho tocavam na bola, exceto quando buscavam a redonda na defesa ou quando recebiam lançamentos; porém, sem a compactação necessária, era difícil criar uma sequência de passes e, consequentemente, jogadas perigosas. Quando a equipe comandada por Jorginho fazia Rogério Ceni trabalhar, era através de escanteios ou cruzamentos; dificilmente por meio de jogadas articuladas pelo meio.
Como o adversário não aproveitou a queda do rendimento são-paulino, Luis Fabiano tratou de fechar a conta no Morumbi. Foi um 3-0 justo, que provavelmente deixará o Tricolor na semifinal do torneio, a não ser que aconteça algum milagre em São Januário e o Vasco consiga heroicamente a classificação.