No pré-jogo da Vila Belmiro, esperava-se um duelo bastante equilibrado entre Santos e São Paulo, visto que apenas quatro pontos separavam as duas equipes na tabela; mas não foi bem assim.
Na etapa inicial, a equipe santista foi bem melhor; tinha o controle da partida, conseguia trabalhar a bola no chão e apostava em jogadas de velocidade. O Tricolor, por sua vez, passava por sérias dificuldades para articular os contra-ataques. Guisao não se encontrava na partida; Pato e Ganso jogavam isoladamente e, quando tinham a bola nos pés, ficavam sem opções.
Com total domínio do meio para frente, o Santos agredia mais o São Paulo. Depois de uma jogada de bola parada, veio a recompensa para o time da casa.
Um a zero.
Depois do gol, o São Paulo seguiu com as mesmas deficiências para sair ao jogo, e foi a partir de um erro de Reinaldo que o Peixe provou ter extrema facilidade em jogar em cima da dificuldade do adversário.
Dois a zero.
No intervalo, Osorio resolveu colocar Wesley no lugar de Hudson e Michel Bastos na vaga de Guisao, a fim de melhorar a saída de bola da equipe pelo meio e aumentar o ímpeto ofensivo. Nos minutos iniciais, não fizeram efeito em razão do ritmo santista, que tinha a mesma intensidade do primeiro tempo. O Santos continuou dominando o ataque e a defesa tricolor deixou Ricardo Oliveira livre de marcação na pequena área. Aí já sabe…
Três a zero.
Depois só restou ao Santos administrar o resultado com tranquilidade e colar no G-4 do Brasileirão.
A meu ver, Renato foi o nome do jogo e é o grande coração do esquema tático de Dorival Junior. Frente ao São Paulo, dominou todo o meio de campo com e sem a bola; auxiliou no adiantamento da marcação e na compactação da equipe. Se o time de Osorio tivesse anulado o experiente atleta alvinegro, com toda certeza poderia ter feito uma apresentação muito melhor.
Hoje, vimos um Santos impetuoso, sem seu principal criador e com garotos suprindo muito bem as necessidades do time. Quanto ao São Paulo, o placar reflete bem a atuação são-paulina na Vila.