As atuações de Flavio Rodrigues Guerra e sua equipe de auxiliares eram admiráveis na partida entre Santos e Corinthians, em Itaquera, até que uma atitude lamentável manchou a ótima apresentação do quarteto. Para piorar, as explicações cedidas por Guerra, longe dos gramados, enfuscaram ainda mais a imagem do apitador.
Em entrevista dada ao UOL Esporte, o juiz confirmou não ter visto o lance — disso temos certeza, até porque quem marcou o penal foi o bandeirinha; contudo, o que mais chama a atenção é a seguinte fala: “Nesse momento [do choque entre Love e Zeca], chega um monte de jogador. Aí ficou esta dificuldade para gente definir quem tinha feito o pênalti. O assistente não conseguiu ver a camisa do jogador, mas identificou o pênalti, por isso que a gente não expulsou o Zeca. Se eu tivesse visto que foi o Zeca, claro que eu teria expulsado”. Com respeito à dificuldade de enxergar o lance, compreensível em razão do forte calor; mas o que realmente não conseguimos entender é o motivo da consulta com o auxiliar para expulsar David Braz. Na súmula, o árbitro alega ter sido alvo de xingamentos e palavrões partidos do zagueiro santista, e em função disso o expulsou.
Convenhamos, o penal foi claro e digno de vermelho direto para quem o cometeu. Alguém precisava ser expulso e tinha de ser o infrator. Claramente, a arbitragem se confundiu. Agora, tenta disfarçar o erro a todo custo, seja na súmula seja nas entrevistas, apenas para amenizar um transtorno que não para de ganhar mais tamanho.