O Gp do Japão, na tradicional pista de Suzuka, viu a estrela da Mercedes voltar a brilhar, como aconteceu em quase todas as corridas deste ano. E brilhou sobretudo com o atual líder do campeonato, e cada vez mais favorito para a conquista do mundial, Lewis Hamilton, que praticamente venceu de ponta a ponta.
No treino de sábado, um grave acidente (felizmente sem conseqüências para o piloto) com o russo Kvyat e consequente anticipado encerramento da classificação, fez com que Hamilton e Vettel não pudessem completar sua última tentativa. Uma tentativa que, pela lógica, teria levado Hamilton à pole e Vettel ao terceiro lugar.
Logo na largada, de qualquer forma, Hamilton recolocou as coisas em seu devido lugar, empurrando Rosberg para grama na 2.a curva e assumindo a liderança para vencer sem maiores problemas. A vantagem sobre seu companheiro Rosberg na chegada (nada menos que 18″9) mostra claramente esta superioridade.
Pelo contrário Rosberg não teve a mesma facilidade, e viu-se obrigado a lutar duramente até conseguir ultrapassar Vettel no segundo pit-stop. Aí sim, desfrutando a superioridade da Mercedes sobre a Ferrari, conseguiu manter uma vantagem mínima mas suficiente para não passar sustos (na linha de chegada esta vantagem foi de 1″8).
Com o outro piloto da Ferrari em quarto (a nada menos que 12″9 de Vettel) e o finlandês Bottas da Williams em quinto, ficou evidente que a atual hierarquia da Formula 1 está claramente definida. A Mercedes é a primeira, a Ferrari a segunda e a Williams e a terceira força.
Quanto aos brasileiros, este foi um GP a ser rapidamente esquecido. Massa teve um toque com a Red Bull de Ricciardo logo na largada, e para ambos a corrida praticamente acabou aí enquanto Nasr teve problemas mecânicos e ficou em último.
Para a seqüência do campeonato, o que resta de interesse, visto que o título de Hamlton está mais do que assegurado (ele tem 48 pontos de vantagem sobre Rosberg quanto ainda estão em disputa apenas 125) fica a possibilidade, não muito concreta, de uma eventual disputa pelo vice-campeonato. A situação apresenta, neste momento, Rosberg com 11 pontos de vantagem sobre Vettel.
Suzuka, neste contexto, foi o circuito em que teoricamente a vantagem da Mercedes sobre a Ferrari seria a maior de todos os 6 GPs então faltando (agora faltam 5). Se acontecer um novo passo em falso da Mercedes, esta luta pode vir a ocorrer, mas é óbvio que a equipe alemã fará todo o possível para conservar a dobradinha. Resta ver se Hamilton, em caso de necessidade, estará disposto a renunciar a uma vitória para favorecer o companheiro…tenho alguma dúvida a respeito.