Parece certo que David Luiz será titular da seleção brasileira, seja qual for o companheiro a ser escolhido por Dunga. Tanto pode ser Miranda, como Thiago Silva ou outro qualquer. Mas David Luiz, com sua cabeleira esvoaçante, será titular tanto quanto o é no PSG, clube francês ao qual pertence.
Até aí, nada de mais. Trata-se de um bom jogador, dono de um passe apreciável e de sentido ofensivo apurado mas que, como zagueiro central, na esquerda ou mesmo na direita, cria frequentemente problemas defensivos. Problemas que exigiriam um perfeito entrosamento com os demais jogadores para poder garantir-lhe a indispensável cobertura. E, com uma seleção que frequentemente se reúne num dia, para jogar dois ou três dias depois, isso é praticamente impossível.
Mesmo num clube, essa característica ofensiva de David Luiz cria problemas de cobertura. Como verificou Mourinho, anos atrás seu técnico no Chelsea, começando por tira-lo do time titular para ver se o fazia mudar de estilo e depois, não o conseguindo, colocando-o em outra posição em campo. O brasileiro passou a ser usado como um líbero à frente dos zagueiros, e aí rendeu à altura de seu prestígio (e do astronômico custo de seu passe).
É isso que poderia ser tentado na seleção brasileira, formando-se a dupla de zagueiros com Miranda e mais um, à escolha de Dunga, e David Luiz logo à frente. Encarregando-o, tão logo receba a bola dos companheiros, de iniciar a jogada ofensiva, tanto carregando-a, para começar a ação, como eventualmente lançando um atacante, se houver espaço e ocasião para tanto.
Em minha opinião, seria a melhor forma de utilizar um jogador que, como zagueiro central, é frequentemente causador de fortes emoções em todos os torcedores brasileiros…