Os treinos para o GP de Cingapura apresentaram, exceto o primeiro dos quatro, uma grande surpresa : a Mercedes não consegue ter o mesmo ritmo de Ferrari e Red Bull. Com isso, a sequência de poles, que tinha chegado a 23, foi logicamente interrompida, ficando o recorde em mãos da Williams que entre 1992 e 1993 enfileirou nada menos que 24 poles consecutivas. E Hamilton também não conseguiu igualar o recorde de poles seguidas, ficando com 7 enquanto o recordista Ayrton Senna marcou 8.
Deixando de lado essas considerações estatísticas, fica a grande pergunta : o que aconteceu com a Mercedes ? Pois é sabido que no circuito de Marina Bay a potência do motor não é tão importante e mais vale a habilidade do piloto. Mas não se pode pensar que, de um instante para outro, Hamilton e Rosberg, como que tocados pela varinha de uma bruxa, tenham esquecido de como se pilota um F1. Assim, o 5º lugar de Hamilton (a 1″4) de Vettel, e o 6º de Rosberg (a 1″5) devem ser atribuídos, pela lógica, à superioridade de Ferrari e Red Bull neste circuito. Paralelamente, a pole de Vettel, terceira do piloto alemão neste circuito, com meio segundo de vantagem sobre o australiano Ricciardo da Red Bull e sete décimos sobre seu companheiro em Ferrari, Raikkonen, é por demais clara e não pode deixar dúvida alguma quanto à sua superioridade.
Naturalmente neste domingo o desenrolar do GP poderá ilustrar melhor a situação e permitir tirar alguma dedução, já que, por enquanto, somente temos suposições. Como a que atribuiria ao fator pneus este retrocesso da Mercedes, já que a Pirelli fez novas “recomendações” quanto à pressão mínima a ser observada.
De toda forma, o que se pode esperar neste domingo é uma corrida sensacional, com Vettel favorito para a vitória e a Ricciardo, Raikkonen e Kvyat cabendo a luta pelos dois outros lugares no pódio. Salvo se a Mercedes ressuscitar…