A Hyundai, fabricante sul-coreano que já ganhou status de grande e eficiente construtor, a começar pela sua afirmação no mercado dos Estados Unidos e, logo depois, na Europa, aportou por estas bandas num momento em que ainda havia uma certa desconfiança em relação a novas montadoras, sobretudo asiáticas. Os japoneses tinham acabado de ganhar seu espaço, mas os demais eram vistos com reservas, sobretudo pela dúvida quanto à confiança, durabilidade e valor no mercado de usados.
A Hyundai teve, desde o início, um posicionamento comercial agressivo e se deu bem a ponto de hoje sua gama, extremamente completa, ter uma posição clara e definida no mercado, desde os carros menores aos de luxo. Uma faixa muito procurada, a que mais ou menos se situa entre os 80 e os 100 mil reais, tem um belo representante dos sul-coreanos: o Hyundai Elantra.
Custando ao redor de 90 mil reais (93.900 mil com teto solar), ele se destaca inicialmente pelo design agressivo e ao mesmo tempo suave, uma marca que o italiano Giugiaro deixou como firme herança de seu trabalho. E continua com um bom acabamento, um ótimo motor 2.0 de 178 cv combinado com torque de 21,5 mkgf e uma transmissão automática de 6 marchas.
Este pacote, somado à boa insonorização geral, faz com que o carro rode silenciosamente, suas trocas de marchas são quase imperceptíveis (existe naturalmente a opção de trocar as marchas manualmente) e, mesmo nas esburacadas e mal conservadas ruas de São Paulo, que mais se parecem a um circuito de teste, sua suspensão consegue manter um nível de conforto até certo ponto inesperado. Isto sem sacrificar sua estabilidade, ajudada pela costumeira parafernália eletrônica (ESP e afins) que transmite grande confiança ao motorista. E a segurança está à altura dos carros mais modernos, com, além dos costumeiros air bags frontais, os laterais e os de cortina.
A habitabilidade é ótima para 4 pessoas, normal para 5 (em qualquer carro, por mais luxuoso que seja, o eventual ocupante do meio do banco traseiro é sacrificado) e o porta-malas adequado para as necessidades de uma família.
Em suma, este carro que a Hyundai define como New Elantra, constitui um concorrente à altura da faixa de público a ser atingida, representada prioritariamente por homens, de idade entre 31 e 45 anos. Aliás, já no ano passado ele representou 6% do volume de veículos Hyundai (excluindo a linha HB) comercializados pela CAOA, e este ano parece prometer mais.