Dois jogos marcaram fortemente este dia dos pais: os dérbis paulista e gaúcho.
No Morumbi, o São Paulo foi bem superior ao Corinthians ofensivamente, pois criou mais chances de perigo, teve maior volume de jogo e o controle da posse de bola. Todavia, o Timão buscava explorar os espaços do Tricolor, principalmente pelas laterais, onde não havia a cobertura necessária dos alas, visto que a equipe jogava com três zagueiros e o esquema de Osorio era voltado ao aspecto ofensivo, o que deixava a defesa exposta.
O placar empatado não reflete o que aconteceu em campo. Duas bolas na trave de Cássio, Felipe expulso perto do fim da partida e o lance de Uendel que ainda vai gerar muita discussão por toda capital paulista. Portanto, tendo em vista todas as chances desperdiçadas e que o São Paulo trabalhava muito mais a bola, o alvinegro — que ficou na maior parte do jogo apenas se defendendo — acabou saindo no lucro, pois o resultado final poderia ter sido bem diferente.
Em Porto Alegre, um dos clássicos mais calorosos do país, e o de hoje entrou para a história. Mas antes de comentar o massacre, gostaria de relembrar uma frase dita pelo presidente do Internacional, Vitorio Piffero, na coletiva que esclarecia a demissão de Aguirre, na última semana: “O fato de criar uma situação pré-Gre-Nal é porque estamos pensando no Gre-Nal. Talvez possamos ter outro rendimento no Gre-Nal…”.
Pois bem, o Colorado apresentou muita desorganização tática, principalmente na etapa complementar, quando já estava 3-0 para o Grêmio. Os mandantes estiveram bem desde o minuto inicial, controlaram bem o jogo, inclusive quando diminuíram o ritmo e apostaram em contragolpes. Ademais, ao ver apenas os gols do segundo tempo percebemos a grande facilidade que os gremistas tiveram para vencer esse Gre-Nal.
A diretoria apostou tudo o que tinha na Libertadores. Perdeu. Apostou em demitir o técnico às vésperas do clássico, pois se vencesse sairia com certo prestígio. Mais uma vez perdeu. Ou seja, apostou tudo o que poderia e acabou saindo no prejuízo. Agora, o maior vilão de toda essa história é Piffero, que é muito pressionado para encontrar um treinador logo.
Com a vitória, o Grêmio ascende cinco posições na tabela e fica em terceiro lugar, enquanto o Internacional cai para a décima segunda colocação.