A partir do GP da Bélgica, em programa domingo, a largada não será mais algo regido apenas por uma programação eletrônica mas terá a decisiva participação do piloto. Ele deverá decidir o momento exato de soltar a embreagem e acelerar, procurando evitar que as rodas patinem. E aí poderemos realmente dizer que tal piloto largou muito bem, ou que outro largou mal.
O que acontecia até agora – e foi, por exemplo, evidente no último GP, o da Hungria, com as Ferrari logo pulando à frente das Mercedes, embora estas largassem na primeira fila – é facilmente explicável.
Havia, entre outros, um procedimento eletrônico, denominado “bite-point finder”, que determinava o exato momento em que a embreagem soltava e o motor era acelerado a fundo. Isto era obtido através uma série de testes que os pilotos executavam no fim de semana, simulando uma largada, permitindo então ao sistema (levando em conta, por exemplo, a aderência do piso e a temperatura do solo) determinar, com a máxima precisão, o momento em que a embreagem soltaria.
A partir de domingo, todas essas operações de cálculo prévio deverão ser executadas até o momento em que o carro sair do box após o sinal de pit-lane aberta. Isto acontece, por regulamento, exatamente 30 minutos antes do início da volta de apresentação.
E não mais poderá ser mudado por ordem box, antes da largada. Aliás, somente poderá sê-lo, de forma manual, pelo próprio piloto, e assim mesmo somente após completada a primeira volta da corrida, em função do primeiro pit-stop programado.
Em minha opinião, as largadas ficarão bem mais interessantes…
Como muda a largada na F1
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