Por Maurício Santos, autor do blog Após os 90′.
Os peruanos começaram a competição atrás dos brasileiros e terminaram anos-luz à frente da seleção verde-amarelo. A equipe de Gareca poderia e tinha totais condições de chegar à final do torneio, o que poderia causar surpresa para muitos, mas não seria nenhum absurdo.
Assim como em 2011, Peru e Paraguai decidiram o terceiro lugar do continental e mais uma vez os peruanos conquistaram. Além disso, Guerrero, que balançou mais vezes as redes no último torneio, se iguala a Vargas na liderança da artilharia, mas o chileno ainda pode se isolar amanhã frente à Argentina.
No confronto de hoje, o nível técnico não foi dos melhores, faltando muita qualidade no último passe para poder finalizar. Paraguai era muito lento em seu meio de campo, pois não contava com Benitez — na maior parte do duelo — e Gonzales, que eram duas opções de velocidade para criar jogadas. Tinha como principal característica a marcação e isso marcou a etapa inicial, que terminou sem gols.
Por outro lado, o Peru era muito melhor e chegava à meta adversária com mais facilidade. Logo no início, Carrillo, destaque da partida, confirmava ainda mais o favoritismo atribuído aos peruanos com um belo chute no canto esquerdo do goleiro. Assim, o Paraguai era obrigado a sair para o jogo, mas sofria quando batia de frente com o sistema defensivo muito bem postado por Gareca.
Realmente a equipe de Ramón Díaz melhorou com as entradas de Ortíz e Benítez; mas o time peruano seguia em busca do segundo gol para matar o jogo, atacando com sete jogadores, no mínimo. O resultado disso tudo veio no fim, aos 88′, com Guerrero.
Considerando o pouco tempo de preparação que teve no comando de sua seleção, pelo excelente trabalho apresentado no torneio e mostrando ter um elenco altamente competitivo, que contém treze atletas atuando em solo nacional, Gareca foi quem mais me agradou. Diante de todo serviço demonstrado, o argentino passa a mensagem de que o Peru será uma grande pedreira para os brasileiros nas Eliminatórias e que, se não acordarmos logo, poderemos mais uma vez ficar atrás deles.