Em uma partida muito estudada, as maiores personagens são as peças mais importantes dos esquemas táticos definidos pelos treinadores: os volantes.
Na primeira etapa, o River Plate tinha uma postura muito interessante e trabalhava bem a bola no campo de ataque, porém não conseguia realizar infiltrações. Já o Tigres, aos poucos foi crescendo na partida e dava indícios de que abriria o placar do Vulcão Universitario de Monterrey; mas voltou ao mesmo ritmo morno do início do confronto.
Para o duelo, as duas equipes tinham esquemas táticos muito parecidos e suas maiores preocupações tinham respeito às jogadas pelas laterais. O River, na etapa complementar, conseguia trocar passes pelos lados do campo e, desse modo, forçava os mandantes a desmontar as ações de seus volantes.
O placar igualado reflete o grande equilíbrio tático entre as duas equipes, principalmente pela atuação das duas duplas de volantes. Pelo lado mexicano, o ataque não funcionou devido às regulares atuações de Gignac e Sóbis; todavia, antes disso, vale ressaltar as apresentações dos meias de contenção junto a Maidana — que não perdeu um combate sequer —, fazendo com que os donos da casa sentissem a falta de Aquino no ataque. Em suma, a grande força defensiva argentina, que anulou a criação adversária, foi a chave para que o marcador ficasse zerado — além da grande chance perdida pelo mexicano Damm, aos 83′.
Para o River, o emocional caminhou ao seu lado, pois contribuiu para que tivesse um respeitável rendimento onde o adversário é bem mais forte, jogando com muita paciência e fazendo com que o oponente apostasse em suas falhas.
Quanto ao título, está em aberto, e tendo como base o duelo de hoje, não podemos definir com total segurança um favorito. Talvez o River, por ter o mando de campo a seu favor e controlado esta partida com a finalidade de decidir com todas as cartas que tem na manga em solo argentino, mas ainda assim o equilíbrio é eminente.