O GP da Grã Bretanha apresentou a vitória de Hamilton. E até aí nenhuma surpresa. Mas viu também Massa largar de forma excepcional e liderar a primeira parte da corrida, com as duas Williams (Bottas estava em 2°) à frente das Mercedes. E aí a surpresa foi clamorosa, pois isto nunca tinha acontecido.
A razão disso encontra-se na largada, ótima das Williams e medíocre das Mercedes, e na boa pilotagem de Massa e Bottas, que não davam nenhuma chance a Hamilton e Rosberg.
Naturalmente isto não poderia durar até o fim do GP e quando Hamilton trocou de pneus e conseguiu duas voltas voadoras, assumiu a liderança, com Massa caindo para segundo, Bottas em terceiro e Rosberg em quarto. E não só passou a liderar, como abriu uma confortável vantagem, mostrando, uma vez mais, a atual superioridade da Mercedes sobre todos os adversários.
Foi nessa fase que Massa mostrou estar num grande dia, mantendo o segundo lugar e fazendo a equipe Williams sonhar com um pódio excepcional, já que Bottas sustentava o terceiro lugar, à frente de Rosberg.
Mas aí apareceu a chuva, e tudo mudou. A Ferrari chamou antes dos demais Vettel para a troca de pneus e o alemão logo conseguiu o terceiro lugar, jogando Massa para quarto. A culpa, claramente, não foi do piloto, que teve em Silverstone um das melhores performances de sua carreira, mas deve ser atribuida à tática do box da Williams.
De qualquer forma, em minha opinião Massa sai robustecido de Silverstone, na condição de primeiro piloto da equipe, e pode pensar com total confiança na segunda parte deste mundial. Um mundial em que Hamilton continua ratificando, corrida após corrida, seu favoritismo para o título.
Para a Ferrari, que amargou um fim de semana desastroso, inclusive ficando na terceira fila do grid, atrás das duas Williams, o pódio de Vettel representou um resultado imprevisto e indicador de que, no final das coisas, ele está à frente do companheiro Raikkonen, cuja reforma de contrato para 2016 continua sendo uma incognita.
Agora, com o cancelamento do GP da Alemanha por razões econômicas, teremos 3 semanas de intervalo, a F1 voltando às pistas somente no GP da Hungria. Mas não se vê qualquer razão para que mude o absoluto predominio da Mercedes…