Por Maurício Santos, autor do blog Após os 90′.
O Guaraní-PAR, sem sombra de dúvidas, foi a maior surpresa dessa edição da Libertadores. Hoje, teve uma missão diferente: decidir em casa. Até chegar à semifinal, os paraguaios jogavam primeiro em casa (garantiam um bom resultado) e decidiam como visitantes (se fechando ao máximo e apostando nos erros do oponente). Já conhecíamos o poderio defensivo deles e, no Defensores del Chaco, teriam que apresentar a qualidade ofensiva da equipe, visto que começaria a partida perdendo por 2-0.
O jogo foi bem agradável, com muita movimentação. O River tinha uma ótima postura, muitas vezes enquadrando o adversário em seu campo de defesa. Além disso, os argentinos criavam mais, tinham maior percentual de posse de bola e controlavam a partida com o placar a seu favor. No entanto, quando o cronômetro se aproximava da casa dos 10′ da etapa complementar, o jogo melhorou — e muito — em função da pressão criada pelos paraguaios. Um gol naquele momento poderia incendiar o jogo. Aos 17′ o barbante de Barovero balançou e o duelo ganhou mais emoção. Depois, Sanchez evitou um gol praticamente em cima da linha. Contudo, a blitz dos mandantes foi perdendo força e o River foi conquistando espaço com a bola nos pés, até conseguir marcar um golaço para decretar a classificação.
O Internacional, por enquanto, é o adversário do River na final; mas, jogando no México, onde o oponente é muito forte, há uma grande incógnita quanto ao futuro finalista. A meu ver, o Colorado tem um leve favoritismo em função do resultado do jogo de ida, porém a qualidade da equipe do Tigres é inquestionável. Ademais, os argentinos mostraram até aqui um futebol muito interessante, que tem grandes condições de alcançar o título diante de qualquer adversário.
Será que teremos Brasil contra Argentina na final? Vamos aguardar…