Por Maurício Santos, autor do blog Após os 90′.
Em Zurich, aconteceu a tão esperada reunião que decidiria o futuro futebol mundial — fortemente marcada pelo protesto direcionado a Blatter. E como já imaginávamos, o presidente da entidade master do futebol brasileiro foi o único cartola que não compareceu. Segundo ele, estaria acompanhando o desfecho da MP do futebol — que apenas precisa da sanção da presidente Dilma Rousseff — e o andamento da CPI — que já foi instalada e só voltará a se reunir em agosto, sem contar que Romário (presidente da comissão) está de férias no exterior.
Acredito que não há provas mais claras de que temos um representante que está mais preocupado em não ter o mesmo fim de Marin do que simplesmente arcar com os seus compromissos profissionais. Até agora, não representou o Brasil em nenhum momento. Nem na Copa América, tampouco no Mundial Feminino, e muito menos no Mundial de Futebol de Areia — no qual tinha a obrigação de estar presente por presidir o Comitê de Beach Soccer. Então, em meio a tudo isso, por que ele ainda mantém o cargo?
Blatter anunciou a data da eleição à presidência (26 de fevereiro) e que a FIFA passará por grandes reformas. Quanto a nós, brasileiros, só nos resta aguardar a renúncia de Del Nero, a divulgação da data da próxima eleição para manda-chuva da entidade e, por consequência, as mudanças com as quais tanto sonhamos.