A luta pela vitória, neste GP da Áustria, não teve história e, como Rosberg tinha anunciado na véspera, decidiu-se na largada, onde o alemão conseguiu superar o pole Hamilton e, após a saída da safety-car, amealhar uma vantagem que lhe permitiu controlar a corrida até o final. Ajudado ainda mais pelo erro de Hamilton que, saindo do pit-stop, ultrapassou a linha branca e consequentemente recebeu uma penalização de 5 segundos que tornou ainda mais tranquilo o final de corrida de Rosberg.
Agora a diferença entre o líder Hamilton e o vice-líder Rosberg reduziu-se a 10 pontos e o Mundial promete ainda muitas emoções, embora pessoalmente continue considerando o inglês como favorito para o triunfo.
O GP, com o esperado domínio das Mercedes e Vettel, em terceiro, mostrando não ter carro para avizinhar-se, viveu por muito tempo de duelos na zona intermediária. Duelos interessantes, sem dúvida, mas não a ponto de tornar eletrizante a corrida que só se tornou realmente bonita quando o desastrado pit-stop da Ferrari de Vettel permitiu a Massa, que estava em quarto com sua Williams, sobrepuja-lo e abrir uma boa vantagem. Daí para a frente viveu-se a luta entre Massa e Vettel pelo pódio, com o brasileiro conquistando merecidamente, pois seu carro era inferior ao do adversário, o terceiro lugar. Exatamente ele que,no ano passado, nesse mesmo GP da Áustria tinha brilhantemente conquistado a pole-position e que parece estar, pouco a pouco, impondo-se, graças à sua experiência, como o piloto número 1 da Williams.
Nas posições intermediárias destaque-se a solidificação da Force India como a quarta do lote, só atrás de Mercedes, Ferrari e Williams. Uma equipe onde Hulkenberg está podendo demonstrar, uma vez mais, toda sua categoria que lhe poderia – finalmente – abrir as portas de uma equipe de ponta em 2016. Equipe essa que poderia ser a Ferrari, onde Raikkonen, após ter errado no treino de classificação, voltou a errar logo na volta inicial, talvez traído (mas esta é apenas uma hipótese) por pneus ainda frios e cada vez mais em dúvida quanto à renovação de seu contrato pela equipe italiana.
Finalmente, a curiosidade de uma Toro Rosso (a pilotada por Versteppen) chegar em 7º, enquanto a Red Bull de Ricciardo foi apenas 10º. Pode-se começar a pensar que este ano o gênio Adrian Newey não tenha sido feliz em seu projeto, o que seria até mesmo explicado pelo seu distanciamento da F1, já que não é mais possível atribuir toda a culpa ao motor Renault que, por sinal, equipa ambas as equipes.
O próximo GP será o da Grã Bretanha, no tradicional circuito de Silverstone, e pode-se, desde já, prever uma luta muito interessante entre as duas Mercedes pelos dois primeiros lugares do pódio e uma luta também interessante entre os demais pelo único lugar que, no mesmo pódio, este ano tem normalmente sobrado.