Por Maurício Santos, autor do blog Após os 90′.
Dezessete mil pessoas coloriram o Estádio La Portada de azul celestial e viram a Argentina conquistar um resultado importantíssimo frente ao Uruguai.
O jogo foi como um típico clássico sul-americano, com muita disputa, rivalidade, marcação cerrada e confusão. A Argentina tinha como proposta jogar com maior posse de volume, volume no ataque e paciência; algumas vezes apostava na velocidade dos atacantes, mas o que mais presenciamos foi o ataque argentino trocando passes na intermediária diante do sistema defensivo uruguaio, que era muito bem montado.
O Uruguai tinha a defesa sólida e a marcação bem compactada no meio de campo. A preocupação de Óscar Tabárez seria a mesma de qualquer outro: Messi. O camisa 10 buscava se livrar de Arévalo Ríos, Álvaro Gonzales e Godín saindo do meio e caindo pela direita, mas batia de frente com Álvaro Pereira, que também estava em noite inspirada para anular o avante. Em função disso, era natural que Di María, Pastore e Aguero tivessem maior destaque.
O atacante do Manchester City abriu o placar aos 56′ e os uruguaios foram obrigados a sair para o jogo. Tabárez colocou Abel Hernández, que entrou bem e deu mais força para o ataque. Ademais, Cavani esteve apagado durante toda a partida e, quando finalizava à meta de Romero, isolava.
No fim, toda emoção e nervosismo. O Uruguai buscava apenas um ponto para permanecer na liderança e não se sentir ameaçado pelos argentinos na última rodada da fase de grupos. Já a Argentina lutava para não viver o mesmo episódio do confronto diante do Paraguai.
Terminou 1-0 e agora a Argentina precisa de uma vitória para se classificar sem depender de outros resultados, assim como o Uruguai. O Paraguai, por sua vez, tem o caminho mais curto para a classificação, pois um empate é o bastante para avançar ao mata-mata.