O GP do Canadá será disputado domingo e já ocupa os meios de comunicação com notícias e informações, algumas das quais ainda não confirmadas. É o caso das modificações introduzidas pela Ferrari em seu motor, que devem lhe dar alguns cv à mais, mas que não compensarão totalmente sua falta de aderência em saída de curva, coisa que tem dificultado sobremaneira as tentativas de ultrapassagens, mesmo em relação a carros não tão competitivos.
Fala-se muito que a Mc Laren também estreará modificações no motor Honda para incrementar seu rendimento, o que deixa prever uma interessante disputa já no sábado, quando da formação do grid de largada. Aí, por sinal, teremos uma antevisão do que poderá ocorrer no GP e na luta, já tradicional, por um lugar no pódio, atrás das Mercedes de Hamilton e Rosberg. A menos que a firma alemã cometa outro suicídio tático…
Aliás, eu aguardo com muita curiosidade a reação Hamilton ao que aconteceu no GP de Mônaco, onde, pela conversa de rádio dele com o box, entende-se que uma parcela (embora pequena) de culpa pelo desastrado pit-stop final, que lhe arruinou a corrida, lhe cabe. Pois o inglês revelou perplexidade com relação a seus pneus, caso os diretos adversários optassem por troca-los, e então o box decidiu chama-lo para a troca. Isto, no fundo, revela certa insegurança de Hamilton, pois é sabido (Senna mostrou isso claramente) que nas ruas do Principado é praticamente impossível ultrapassar se não houver certa colaboração de quem vai á frente.
A tudo isso, se soma a presença, no circuito semi-permanente da ilha de Nôtre Dame, em Montreal, de um ponto, o chamado “Muro dos Campeões”, onde quase todos os grandes pilotos já bateram, num desafio que se repete volta após volta e que confere um grau de imprevisibilidade a todo GP lá realizado.
Em suma, vale a penar esperar… mesmo porque não será surpresa se a tática de corrida, com a possibilidade de mais de um pit-stop, e com pneus que, embora iguais aos usados em Monaco, vão sofrer maior desgaste e granulação, se tornar decisiva.