Por Maurício Santos, autor do blog Após os 90′.
O time A do México seria o adversário ideal para uma reta final de testes da Seleção Brasileira antes do início da Copa América; mas em função da Copa Ouro, confrontamos a equipe alternativa dos mexicanos. Claramente, por se tratar de um amistoso, não foi aquela partida calorosa em virtude de as duas equipes estarem se preservando para o torneio que tem início no próximo fim de semana. Dessa forma, não podíamos requisitar muito brilhantismo dos brasileiros, apenas a vitória, visto que o nosso oponente era o time reserva do México.
Ressalto alguns pontos positivos com base nesse duelo. O primeiro com respeito a Philippe Coutinho, que finalmente encantou vestindo a camisa verde-amarela, pois sem poder contar com Oscar nos próximos jogos, o meia do Liverpool se destacou em um momento oportuno para conquistar a confiança de Dunga. O segundo se refere a Willian e Tardelli, que seguem com uma ótima regularidade, de modo que este é importantíssimo para o esquema tático da Seleção e será uma grande arma para o torneio continental.
Por fim, o fato de Neymar estar ausente da partida não deveria causar tanta preocupação, porque o Brasil é uma equipe competitiva e vem demonstrando isso nos últimos jogos. Ontem, sem o avante, provou isso jogando com tranquilidade. Ademais, há suplentes para o nosso camisa 10, obviamente nenhum à altura, mas que são capazes de dar conta do recado.
O episódio da Copa do Mundo ainda está fresco na mente do brasileiro e, por isso, ainda há esse tipo de preocupação. Todavia, Neymar é a nossa referência e é importantíssimo contar com ele em todos os jogos da Seleção; mas antes é preciso mudar esse pensamento de que o Brasil, nesse momento, é dependente dele.