Ainda não tinham acabado os comentários suscitados pelo “caso Amarilla”, que voltou à baila como conseqüência da publicação de uma conversa telefônica envolvendo o cartola Grondona, já falecido, e outros cartolas da Confederação Sul-americana, que outro caso explodiu. Desta feita o pivô foi o árbitro brasileiro Sandro Ricci, autor de uma arbitragem polêmica no confronto entre Chile e Uruguai e afastado dos próximos jogos.
Independentemente de qualquer julgamento sobre sua conduta, cabe ressaltar duas coisas. A primeira é que o Uruguai é o menos indicado a se queixar da conduta de um árbitro, pois é ainda recente a lambança ocorrida na Copa do Mundo, quando o árbitro não assinalou a mordida de Suarez em Chiellini e, consequentemente, não expulsou o centroavante uruguaio.
A segunda, num contexto bem mais amplo, é a constatação racional de que Deus, ao fazer o Homem, não criou uma categoria especial, de pessoas ilibadas e permanentemente honestas, para serem árbitros de futebol. Pois não fez isso nem mesmo com seus funcionários, haja vista os escândalos que envolveram altos prelados nas últimas décadas. Assim entre os árbitros, como em todas as demais categorias humanas,ao lado de uma absoluta maioria de pessoas honestas, existe uma pequena parcela de desonestos. Querer negar isto, é voltar as costas à realidade…