O GP do Canadá mostrou que, sem erros do box, Hamilton normalmente tem mais chances de vitoria do que seu companheiro Rosberg. Isto ao longo de 70 voltas em que o atual líder do Mundial jamais foi realmente ameaçado por seu companheiro, a não ser, por alguns instantes, na largada e conseguiu assim aumentar em mais 7 pontos sua vantagem no campeonato. Um campeonato que vai viver, provavelmente até seu término, com a luta dois dois pilotos da Mercedes e a disputa dos demais pelo único lugar que sobra no pódio.
Até agora este lugar tinha sido ocupado por Ferrari e Mercedes, sem intromissão de mais ninguém. A partir deste GP do Canadá temos uma terceira equipe a festejar, a Williams que, com o finlandês Bottas subiu pela primeira vez ao pódio neste ano. Vale dizer que Bottas não cometeu nenhum erro, ao contrário de Raikkonen que, com o terceiro lugar consolidado, pôs tudo a perder com um clamoroso erro, pois rodou e perdeu assim tempo precioso que depois só parcialmente conseguiu recuperar, terminando em quarto e ratificando sua condição de certa inferioridade em relação ao companheiro Vettel.
A corrida teria sido um pouco monotona, não fora o que aconteceu no treino oficial, quando problemas de motor relegaram Massa e Vettel às últimas posições, com o alemão sendo ainda penalizado por uma infração (ultrapassagem em regime de bandeira amarela no treino de sábado pela manhã). Assim Massa teve que largar em 15º lugar e Vettel em 18º e antepenultimo. Com táticas diferentes (Massa optando por um só pit-stop e Vettel por dois) o brasileiro ainda conseguiu um brilhante 6º lugar e Vettel fez ainda melhor, terminando em 5º, logo atrás do companheiro Raikkonen. Os dois protagonizaram os lances mais bonitos e interessantes da corrida, tornando-a, em muitos momentos, apaixonante.
Agora vamos para o GP da Áustria, que deverá trazer novos lances de interesse na luta entre Hamilton e Rosberg, além de indicar se efetivamente Ferrari e Williams vão conseguir ficar mais perto da Mercedes.