O GP de Mônaco, após um desenrolar absolutamente desinteressante, sem qualquer lance de maior emoção, ganhou vida e emoção nas voltas finais. Tudo em função de uma desastrada tentativa de ultrapassagem do garoto Verstappen sobre Grosjean que catapultou o piloto da Toro Rosso nas barreiras. Felizmente não ocorreu nenhum problema físico com Verstappen, que claramente ainda pensa estar correndo em Fórmula 3, mas a entrada do safety-car e a incompreensível ordem do box Mercedes para Hamilton ir ao box trocar pneus, botaram fogo no GP.
Rosberg, até então segundo, sem a menor chance de lutar com Hamilton, viu a vitória cair em seu colo, enquanto Hamilton, que voltou à corrida em 3°, tentou o impossível para superar Vettel mas, embora com pneus mais rápidos, não o conseguiu. Ainda que vencedor do GP, Rosberg continua 10 pontos atrás de Hamilton na classificação geral. Foi uma luta que, em alguns momentos, fez lembrar a de Mansell com Senna, aliás com o mesmo desfecho.
Patético, embora honesto, o pedido de desculpas do box a Hamilton pelo clamoroso erro e por demais eloquente a cara fechada do inglês no pódio, contrastando com a esfuziante alegria de Rosberg, qual cidadão que acabou de quebrar a banca no cassino. Aliás, em se tratando de Mônaco, nada mais adequado.
Pelo resto, a confirmação da superioridade técnica da Mercedes, a da Ferrari como segunda força do campeonato, a volta às manchetes da Red Bull e seu motor Renault e as dificuldades da Williams, num circuito em que sua boa velocidade de ponta nada adiantou.
Para os brasileiros, Massa, obrigado a um pit-stop logo no começo, teve que se contentar com um modesto 15° lugar, enquanto Nasr, em sua estréia com um F1 em Mônaco, conseguiu um brilhante 9° lugar. Foi a terceira vez que ele marcou pontos, num total de 6 GPs… nada mal para um estreante.