Por Maurício Santos, autor do blog Após os 90′.
Santa Fé e Internacional fizeram um duelo interessante e nos proporcionaram alguns elementos que, provavelmente, veremos no duelo da volta, no Beira-Rio. Desses podemos destacar a presença de muita marcação e movimentação dos homens de frente, que caracterizaram a etapa inicial da partida na Colômbia. Ademais, as duas equipes tiveram chances, mas nenhuma acertava o alvo.
Já na etapa complementar, o Inter recuou e aceitou o fato de que o marcador zerado estaria de ótimo tamanho e, portanto, passou a apostar nos contra-ataques. D’Alessandro, Valdívia e Sasha estiveram muito apagados, prejudicando o ataque.
A equipe gaúcha teve duas grandes oportunidades: a primeira com Rodrigo Dourado, que terminou a jogada interceptado pelo zagueiro colombiano, e a segunda com Nilmar, que tentou por cobertura e o adversário salvou quase em cima da linha.
O Santa Fé teve mais volume durante toda partida. Sabendo que iria decidir fora, o técnico Gustavo Costas lançou sua equipe ainda mais para o ataque. Apostou muito em bolas alçadas à área e a cada chance que tinha chegava mais certo de balançar as redes. Aos 64′ e aos 67′ os mandantes carimbaram o poste com duas jogadas de cruzamento e, assim, seguiram insistindo, pois uma hora a bola ia entrar. E entrou.
O Internacional não aguentou a pressão e desabou nos acréscimos. Em minha concepção Aguirre acertou na escalação inicial, mas pecou em ao ceder espaço para o Santa Fé. A equipe gaúcha tinha total conhecimento do adversário, sabia o nível de periculosidade e o tamanho da pedreira que tinha pela frente. Perdeu de 1-0, mas poderia ter sido por mais, caso a pontaria colombiana não estivesse tão ruim.
Agora, no Beira-Rio, a história promete ser outra. O torcedor espera um Inter mais aguerrido e intenso, que possa reverter o placar e chegar à semifinal.